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terça-feira, julho 28, 2009

FUTEBOL DE BOTÕES

A verdadeira representação do futebol trazida para as mesas
Ontem, dia 27 de julho de 2009, ao assistir, através do site futeboldemesanews, o programa Futebol de Mesa News na TV, causou-me estranheza a declaração dessa fabulosa figura do mundo do botão, King Farah, presidente da Federação Paulista de Futebol de Mesa.
Eu sempre vi o futebol de botões como uma representação do futebol association, desde o seu nascedouro. O jogo de botões surgiu única e exclusivamente por causa do futebol. Quem o criou deveria ter uma estátua erigida em todos os recantos do país, se é que a origem é brasileira, o que tudo faz crer.
Momento mágico vivido na regra pernambucana
Quando colocamos nossos times em campo temos a sensação de que estamos vivendo um momento mágico. No nosso imaginário, somos técnico, jogador, torcida, imprensa, enfim, tudo que se possa ter relacionamento com um verdadeiro jogo de futebol.
Damos nomes ao nossos times, aos nossos botões, associando-os aos craques que aprendemos a admirar nos gramados, presentes ou através das imagens televisivas. É o puro mundo da fantasia.
Quando armamos as jogadas, quando consignamos um gol, algo maravilhoso acontece dentro de nós, é uma emoção extraordinária, não existindo palavras que possam descrever todo esse sentimento. É simplesmente fabuloso. Esse foi, é e será sempre o meu mundo dentro do jogo de botões.
Querer, hoje, dissociar o futebol de mesa, não vinculando-o ao futebol que lhe deu origem, é querer acabar com toda essa carga mágica que cada um de nós carrega quando nos transformamos em botonistas.
Talvez, devido às profundas mudanças acontecidas nesses anos todos, principalmente no que tange ao formato dos botões, às mudanças de "bolas" e, mais ainda, a interesses outros, aqueles que se iniciam na prática do futebol de botões, com tudo que foi mexido, não vejam mais nenhuma associação com o ponto de origem.
Isso posto, creio que agora as posições estão mais definidas.
Botões da regra pernambucana na APFM
O futebol de botões, o famoso jogo de botão, apenas existe, hoje, aqui em Pernambuco, na Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, seguindo a regra pernambucana.
É chegada a hora da verdade. Aqueles que se dizem jogadores de botão nas regras paulista, baiana, dadinho, etc e etc, dêem um nome mais coerente com o que na realidade praticam. Seria mais justo e mais honesto. Assim, de uma vez por todas, acabariam as diferenças e todos viveriam felizes para sempre.
Portanto, não vendam imagem falsa daquilo que vocês não fazem. Entre nós, verdadeiros futebolistas de mesa, e todos os outros, com seus vários tipos de jogos espalhados por aí, há uma enorme distância.
Viva o mundo maravilhoso do jogo de botão!

quarta-feira, julho 22, 2009

JOGO DE BOTÃO, UMA DIVERSÃO SADIA

Momento de plena felicidade na Associação Pernambucana de Futebol de Mesa
Meus caros e diletos amigos do futebol de botões. O motivo dessa crônica é esclarecer alguns fatos que infelizmente surgem no mundo mágico do futebol de botões.
A Associação Pernambucana de Futebol de Mesa é uma entidade sem fins lucrativos, daí não querer ter nenhum vínculo com entidades ditas "profissionais" do futebol de mesa.
Aqui procura-se jogar apenas por diversão, porém, como acontece em toda disputa, haverá sempre espírito competitivo, mas, aqui, ocorre que, no final de cada jogo, impera o espírito desportivo, calcado na educação que cada um teve ao longo da vida.
Como não tivemos educação uniforme, existirão sempre bons e maus perdedores. O correto seria sabermos separar o joio do trigo, isto é, ficarmos restritos a pequenos grupos de amigos, pois, assim, não teríamos dissabores.
Era assim que acontecia nos tempos dos terraços, quintais e garagens.
No entanto, fomos ambiciosos demais, querendo levar o jogo de botão, na regra pernambucana, para um espaço maior, a fim de conquistar mais adeptos.
Primeiro, surgiu o Santa Cruz Futebol Clube no nosso caminho (anos 2000, 2001, 2002 e metade de 2003).
Parecia que nossos objetivos seriam alcançados, mas não estávamos preparados para a realidade da vida. A situação teria que ser outra, com o convívio com pessoas novas, diferentes daquelas do nosso dia-a-dia. Surgem, então, os problemas administrativos.
Os pensamentos em alguns eram conflitantes com aquilo que almejávamos. Mas isso sempre foi da natureza humana, porém, achamos estranho esse tipo de comportamento, por não estarmos habituados a esse convívio.
Daqueles que adentraram ao nosso recinto no Arruda, quando fomos obrigados a desocupar o espaço, poucos foram os que nos acompanharam na empreitada. Ficamos apenas, com raras exceções, com aqueles que já atuavam conosco nos quintais, terraços e garagens.
Conseguimos, graças a abnegação do grande amante do botão, José Hércules, um espaço central, onde estamos desde o tempo da "expulsão" do Arruda.
São cinco anos vividos sem interferências externas. Começou-se então uma nova era. Podíamos jogar botão até a canela doer, sem atropelos.
Podíamos, finalmente, ostentar a camisa do clube predileto, extravasarmos nas comemorações sem reprimendas.
Mas, surgem os primeiros dissabores. No nosso meio, existem pessoas que vêem o jogo de botão com outros olhos e, aí, tudo vai se complicando. Aquilo que poderia ser uma pura e simples diversão, passa a ser motivo de aborrecimento.
Ainda bem que acordamos para a realidade e, hoje, conseguimos finalmente saber qual é o nosso único e grande objetivo: o gosto de jogar botão com os verdadeiros amigos.
Não mais desejamos que pessoas sem um perfil definido venham tumultuar o ambiente de sã camaradagem. Jogamos por jogar até onde tivermos força. Quem quiser nos acompanhar, ótimo! Quem quiser vir para somar, excelente! Quem não quiser, boa sorte!
Uma coisa é certa, sem dúvida alguma: continuaremos firmes, fortes e felizes. Viva o botão!

domingo, julho 19, 2009

EMPOLGANTE ABERTURA

Flamengo vence ao Vitória de Guimarães na abertura do campeonato 2009.
E o campeonato oficial de 2009, promovido pela Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, na regra pernambucana, a rainha das regras, começou neste sábado, dia 18 de julho, de maneira empolgante. Dezessete equipes estão participando dessa maratona de jogos, disputados em dois turnos, por pontos corridos. O Náutico, deste blogueiro, saiu na frente e ocupa a primeira posição na tabela de classificação, com 4 pontos conquistados. Nos jogos da primeira rodada, saíram vencedoras as equipes do Botafogo, de Marcos Silva, campeão de 2008, Chelsea, de Hugo Alexandre, Flamengo, de Fernando Brito, Porto, de Dinoraldo Gonçalves. Estrearam com derrota, os times do Hércules, de José Hércules, do Cruzeiro, de Marcos Cardoso, do Vitória de Guimarães, de Azevedo Neto e do Coritiba, de Cláudio Sandes. Nessa primeira rodada aconteceram dois empates nos seguintes jogos: Náutico x Santos, que ficou no 0x0 e no Grenal, com um espetacular 4x4, num jogo de arrepiar. Em jogos antecipados, válidos pela 2ª rodada, o Timbu venceu ao Hércules, aplicando-lhe 3x2, mesmo escore sofrido pelo Coritiba ante o São Paulo, de Max Monteiro. No ultimo confronto do dia, o Hércules, de José Hércules, em partida antecipada da 3ª rodada, derrotou o Vitória de Guimarães pelo placar de 2x0, jogando os vimarenses para a lanterna da competição. Num total de 9 jogos, foram marcados 29 gols, dando uma média de 3,22 gols por partida. Ainda não estrearam no certame as equipes do Corinthians, de Adriano Oliveira, do Fluminense, de Flávio Azevedo, do Milan, de Tuca Oliveira e do Vila Belmiro, de Albertinho, o Beto Sacolinha. O campeonato segue no próximo sábado com os jogos complementares da 2ª rodada. As partidas disputadas na regra pernambucana têm a duração de 30 minutos, divididos em dois tempos de 15 minutos. Todos os jogos são arbitrados, com súmulas devidamente preenchidas a exemplo do que ocorre com o futebol. É por essa e outras coisas que é dito que a regra pernambucana é a representação na mesa do que é na realidade uma partida de futebol. É ver para crer. Viva o botão!

quinta-feira, julho 16, 2009

VEM AÍ MAIS UMA GUERRA

A APFM já está pronta para o campeonato oficial de 2009.
Começa neste sábado, dia 18 de julho, mais uma verdadeira guerra no mundo maravilhoso do futebol de botões. O campeonato oficial de 2009, na regra pernambucana, patrocinado pela Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, promete ser sensacional, sob todos os aspectos. A preparação das dezoito equipes inscritas foi algo espetacular. Com isso as partidas, tudo indica, serão disputadas num clima acirrado, mas com alto espírito desportivo. O regulamento já está aprovado e os jogos da primeira rodada serão conhecidos através de sorteio que acontece quinze minutos antes do início da partida de abertura. Quatro campos (Brasília Stadium, Hércules Stadium, Toca da Raposa e Timbuzão) estão disponibilizados para receberem os jogos. Numa análise superficial, tomando por base o que foi visto durante o período de preparação, as equipes do Botafogo (campeão de 2008), Vila Belmiro, Grêmio, Internacional, Náutico, Cruzeiro e Santos surgem como fortes candidatas ao título do Turno de Classificação, primeira etapa do campeonato. Porém, é bom ficar de olho no que podem aprontar as equipes do Porto e do Chelsea que vêm conquistando resultados espetaculares em seus jogos amistosos. São Paulo, Milan, Flamengo, Fluminense, Corinthians, Hércules, Coritiba, Ypiranga e Vitória de Guimarães vão dar muita dor de cabeça aos chamados favoritos e certamente zebrarão muitas vezes. Portanto, a luta pela Série Ouro vai ser de arrepiar! Há quem diga que algumas equipes que brigam para chegar ao topo, quando sofrem os primeiros tropeços, preferem cair para a Série Prata, pois as chances de conquistarem troféus e medalhas é sempre maior. "É melhor levantar um caneco ou ostentar uma medalha, mesmo sendo de prata, do que ficar apenas batendo palmas, vendo o reflexo do ouro nas mãos dos outros". A hora chegou, vamos à luta! Viva o botão!

terça-feira, julho 14, 2009

APFM - ESPAÇO DEMOCRÁTICO

A regra paulista (12 toques) em plena movimentação na APFM
A Associação Pernambucana de Futebol de Mesa consegue, finalmente, fazer o que muitas outras associações, clubes, grêmios, não tiveram a vontade ou a coragem de fazer: tornar seu espaço o mais democrático de todos. Hoje, aqui, na Associação Pernambucana de Futebol de Mesa joga-se botão não só na regra pernambucana, a rainha das regras, mas também se pratica o futebol de mesa na regra paulista - 12 toques. Há ainda resistências, porém, elas vão se dissipando na medida que o tempo passa e aqueles que comparecem à APFM ficam por dentro da realidade. Infelizmente, alguns invejosos, cheios de picuínhas, tentaram passar uma imagem negativa com relação aos que dirigem a nossa instituição. Ficavam incutindo na cabeça daqueles que pretendiam nos honrar com suas presenças, que o nosso ambiente era conturbado, cheio de fofocas, com dirigentes mas parecendo ditadores, autoritários, e iam assim desfiando um rosário de ofensas. Chegaram a propagar que o espaço fecharia rapidamente, pois, não teriam botonistas em quantidade suficiente para levar a empreitada adiante. Está mais do que provado que o botão pode sobreviver em qualquer lugar e ser jogado com sucesso nas mais várias regras. Foi com esse pensamento que verdadeiros amantes do botão fundaram a Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, com Estatutos, Regimento Interno, Normas de Conduta, para que realmente a entidade crescesse no cenário do futebol de botões nacional. Desde o dia 18 de outubro de 2003 estamos ocupando o excelente espaço no Edifício Brasília, no centro comercial do Recife, com todo o sucesso possível. Lógico que começamos com a regra que gostávamos mais de praticar, a mais coerente das regras em relação ao futebol devidamente representado na mesa. Mas estivemos sempre abertos para que o espaço também fosse ocupado por praticantes das mais diferentes regras. Daí, surgiu o interesse de grupos praticantes da regra paulista (12 toques) que, agora, tem um ponto fixo, todos os sábados, para se exercitarem. Antes, pelo que se sabe, esses botonistas se limitavam a comparecerem aos torneios marcados pela Federação Pernambucana de Futebol de Mesa, porém, não podiam ter uma melhor preparação, pois contavam apenas com os espaços preparados apenas para aqueles dias de competição. Hoje, eles podem se preparar à vontade e com isso obter excelentes rendimentos nos vários torneios realizados. Também, foi observado que os jogos de botão, nas mais variadas regras, podem ser disputados dentro de um mesmo ambiente, sem nenhum problema. É até salutar esse convívio, pois acabam de uma vez por todas com os ranços e as desconfianças. A prova maior ficou por conta da realização da 2ª etapa do campeonato pernambucano, na categora master, na regra paulista - 12 toques, no mesmo instante que botonistas da regra pernambucana ocupavam seus campos próprios, sem nenhuma interferência, não causando nenhum prejuízo para os que disputavam a competição da FPFM. É isso, gente! Está na hora da união! Viva a democracia! Viva o botão!

sexta-feira, julho 10, 2009

A RAINHA DAS REGRAS


Toda a magia da regra pernambucana, a rainha das regras
Todos sabem o quanto sou apaixonado pelo futebol de botões. Essa paixão vem desde os meus sete anos, quando formei meu primeiro time, o América, com botões de capa. O goleiro de caixa de fósforos era o Amauri. A zaga era formada por Deusdedith e Biu; a linha média, terrivel: Julinho, Capuco e Astrogildo. O ataque famoso: Zezinho, Valdeque, Buarque, Valeriano e Dija. O centro avante Buarque era pequenininho, de quenga de coco.
A partir daí, não parei mais, até chegar aos dias de hoje, aos sessenta e nove anos bem vividos.
No início, a regra era a famosa leva-leva, com bola de cortiça.
O tempo ia passando e as transformações foram acontecendo.
As bolas, sempre esféricas, iam das contas de colar de madrepérola às de farinha.
No final dos anos 50, já residindo na Estância, travei meu primeiro contato com a bola de borracha. A dificuldade era enorme, mas fui me aperfeiçoando e consegui dominá-la, de vez.
Então, quando voltava a jogar com as bolas antigas, não tinha mais nenhuma graça, pois ficava uma baba. Infelizmente, como acontece ainda hoje, é dificil confeccionar bolinhas de borracha. É preciso muita habilidade.
Outra dificuldade encontrada quando se jogava com bola esférica, notadamente com bola de borracha, era deixar o campo totalmente nivelado, sem descaídas. Era o maior problema. Talvez, isso, tenha sido a principal causa para a mudança das bolas.
Aí apareceram as "bolas" pastilhas.
Sempre me recusei em utilizá-las, pois se o futebol de mesa era e é a representação do futebol, como admitir que a bola não fosse esférica?
A bolinha de feltro é perfeitamente admissível, apesar de tornar o jogo fácil demais, principalmente na regra paulista, com a monstruosidade de tamanho das metas. Os escores de 9x9 deixam o jogo desinteressante, com a banalização do gol.
Portanto, me perdoem aqueles que se julgam botonistas e praticam o "futebol de mesa" com as pastilhas ou discos. Que esse jogo tenha seu nome mudado para "hóquei de mesa". Seria mais coerente.
Da mesma forma, enquadra-se o futebol de mesa na regra dadinho. É simplesmente constrangedor. Como diversão, ótimo! Como passatempo, melhor ainda! Mas, como jogo de botão, vai uma distância enorme.
É triste, ver pessoas com grande potencial para a prática do verdadeiro futebol de botões, enveredarem por esse caminho, sem nenhuma ambição.
É o mesmo que um funcionário que não pensa ou mesmo deseja ascender a um posto imediato dentro da hierarquia no trabalho.
Portanto, o futebol de botões onde me acostumei a praticá-lo com todo amor, hoje, com as modificações normais que teriam que acontecer no decorrer dos anos, aperfeiçoando-se cada vez mais para melhor, faz com que eu afirme que a regra pernambucana, a antiga regra de celotex da Boa Vista, é de fato e de direito a rainha das regras.
Sei que críticas acontecerão, porém, as façam, desde que, antes, experimentem, pelo menos uma vez, jogar o verdadeiro futebol de botões, na maravilhosa regra pernambucana. Viva o botão!

quinta-feira, junho 11, 2009

BOTAFOGO CONQUISTA O II CHIFRONÉSIO DO RECIFE

Marcos Silva extravasando sua alegria na conquista do II Torneio Chifronésio do Recife
O Botafogo, de Marcos Silva, o famoso alvinegro do Setúbal, papou o título de campeão do II Torneio Chifronésio do Recife, encerrado no dia 06 de junho, na Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, na regra pernambucana de celotex, a rainha das regras.
Dezesseis botonistas participaram da competição, com seus times de chifre, resgatando assim a história dos primórdios do futebol de botões no Nordeste.
Em 2006, no I Torneio Chifronésio, o campeão foi o Vila Belmiro, de Albertinho (ver matéria neste blog).
Este ano, houve uma mudança no regulamento, com as equipes disputando a competição em duas fases.
A primeira fase contou com as dezesseis equipes divididas em dois grupos de oito equipes.
No Grupo A: Náutico, Vila Belmiro, Chelsea, Coritiba, Hércules, Milan, Corinthians e Boa Vista.
No Grupo B: Botafogo, Santos, Internacional, São Paulo, Porto, Itacuruba, Marilia e Vitória de Guimarães.
As partidas foram realizadas no sistema de pontos corridos, dentro de cada grupo, classificando as quatro melhores pontuadas para disputarem a fase decisiva, a Fase Mata-Mata.
No Grupo A, pela ordem, alcançaram a classificação as equipes do Náutico, Chelsea, Vila Belmiro e Hércules. No Grupo B, Porto, Santos, São Paulo e Botafogo atingiram o objetivo de continuarem no torneio.
De saída, o Náutico, de Abiud Gomes, enfrentou o Botafogo, de Marcos Silva, tendo sido derrotado por 1x0 e consequentemente eliminado da competição. Por sua vez, o Chelsea, de Hugo Alexandre, eliminou o São Paulo, de Max Monteiro, ao empatar em 0x0 no tempo normal, porém, levava a vantagem de jogar pelo empate, por ter feito melhor campanha na primeira fase. No jogo envolvendo o Vila Belmiro, de Albertinho e o Santos, de Adilson Ribeiro, a vitória de 1x0 da Baleia Azul do Vila Belmiro, levou a equipe para a semifinal. No outro confronto, o Porto, de Dinoraldo Gonçalves, despachava o Hércules, de José Hércules, com um gol de pênalti, convertido pelo meia Lambari.
Na primeira semifinal, O Tricolor de Maranguape, jogando com a vantagem do empate, eliminou os "Blues" do Chelsea. No outro embate semifinal, o Botafogo derrotou o Vila Belmiro por 1x0, com um gol salvador de Marcelo Rossi.
Na decisão pelo 3º lugar, a vitória sorriu para o Vila Belmiro, aplicando 2x1 sobre o Chelsea.
Na partida que apontaria o campeão do torneio, o Botafogo, de Marcos Silva, com dois gols de Ruud Gullit, derrotou o Porto, de Dinoraldo e conquistou o título inédito de campeão do II Torneio Chifronésio do Recife.
Foi uma justa e merecida vitória, que encheu de alegria os botafoguenses.
A festa, que começou no interior da APFM, estendeu-se até o feudo do Setúbal, ponto de origem da esquadra alvinegra. Parabéns! Foi uma bela conquista! Viva o botão!

segunda-feira, abril 27, 2009

A CAPITAL DO FUTEBOL DE BOTÕES

A regra pernambucana em toda a sua grandeza
Aí, meus caros amigos. Estou de volta, após longo e tenebroso inverno. O assunto como não poderia deixar de ser é o futebol de botões, agora mais firme e forte na Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, na capital brasileira do futebol de botões, a bela Recife, dos rios e das pontes.
A regra principal, obedecida pelos associados é a rainha das regras, a pernambucana, a famosa da bola de borracha, única que traz para a mesa a representação perfeita de uma partida de futebol.
Infelizmente, a sua difusão é muita pequena, devido talvez à dificuldade de se criar toda uma infraestrutura que permita praticá-la com toda a intensidade.
Seus campos têm que estar nivelados e possuirem fosso , circundando toda a sua extensão. Os botões são de tamanho proporcionais ao espaço de jogo, permitindo maior plasticidade nas jogadas. Os gols podem fluir naturalmente, desde que os praticantes tenham um alto grau de habilidade técnica.  Os jogos entusiasman pelo equilíbrio, concentração e esmero na execução das jogadas.
Tudo isso mostra que o futebol de mesa, praticado na regra pernambucana, é realmente aquilo que há de melhor no mundo do futebol de botões.
Quem fala isso tem a experiência de mais de sessenta anos na pratica do jogo de botões, tendo passado por milhares de mesas, nas mais diferentes regras.
Esse ecletismo dá uma segurança máxima em afirmar que o futebol de mesa, como verdadeira representação de um jogo de futebol, deveria ser praticado, única e exclusivamente, seguindo a regra pernambucana, a antiga regra de celotex da Boa Vista.
É lamentável que as pessoas que se dizem amantes do futebol de mesa nunca tenham, pelo menos, tentado experimentá-la. Muitos, pelo que foi sentido em batepapos informais, bem que tentaram, porém, desistiram porque não demonstraram possuir qualidades para se tornar bons botonistas.
É o mesmo exemplo que se tem com o tênis de mesa. Quando não se tem pendores para o exercício do esporte, o melhor caminho é o abandono. Daí o surgimento de práticas alternativas, bem mais fáceis, porém, pouco atrativas.  Em suma, é dificil vencer desafios.
Da mesma forma, não vai nenhuma aberração em dizer que Recife é a capital brasileira do botão. A diferença é que na Veneza Brasileira o jogo de botões é olhado como passatempo de crianças, mesmo se sabendo que, hoje em dia, o número de adultos praticantes é muito superior ao da petizada. Joga-se botão nos terraços, nas garagens, nas salas de jogos de condomínios, em qualquer lugar, nas mais diferentes regras.
Essa prática faz com que se faça a distinção entre brincar e jogar botão. Nos Clubes e Associações, joga-se. Nos quintais, terraços e garagens, se brinca.
Se olharmos como brincadeira, Recife é, de fato e de direito, a metrópole do botão, pois é praticado em todos os seus bairros, sem distinção de classe e condição social. Como esporte, a situação se inverte, pois são poucas as instituições que fazem do futebol de mesa uma atividade esportiva.
Explicações há para o fato, mas fica para uma outra oportunidade. Viva o botão!

quarta-feira, junho 11, 2008

DADA A LARGADA PARA O CAMPEONATO DE 2008

A elite do futebol-mesa-arte da APFM, na regra pernambucana
A Associação Pernambucana de Futebol de Mesa abriu suas portas neste sábado, dia 7 de junho, para dar início ao campeonato oficial de 2008, na regra pernambucana, a raínha das regras.
Estão inscritas 14 equipes que prometem um futebol-mesa-arte do mais alto gabarito. Abrindo a primeira rodada, foram realizados quatro jogos, todos movimentadíssimos.
No Hércules Stadium, em dois lances de bola parada, o Náutico, de Abiud Gomes, se impôs ao Botafogo, de Marcos Silva, vencendo por 2x1, com gols de Paçoca, na cobrança de uma penalidade máxima e de Liedholm, na execução de uma falta. Del Piero descontou para os alvinegros do Setúbal. Arbitragem segura de Adriano Oliveira.
No outro clássico da rodada, o Grêmio, de José Ribamar, não tomou conhecimento dos estrelados do Cruzeiro, que vinham de uma excelente pré-temporada. 2x0 foi o placar da partida, com gols de Ruy Rei e Ruy Ramos para o Tricolor da Mangueira. O confronto aconteceu no estádio Timbuzão, com arbitragem tranqüila de José Hércules.
No Brasília Stadium foram realizados dois embates. Na primeira disputa, o Milan, de Tuca Oliveira, empatou sensacionalmente com o Porto, de Dinoraldo Gonçalves, pelo placar de 3x3, marcando Yago, Valtinho e Matheus para os milaneses do Inês Andreazza, enquanto Madrugada, duas vezes e Sereno fizeram os gols do Tricolor de Maranguape. Na outra partida, o Corinthians, de Adriano Oliveira, venceu ao Coritiba, de Cláudio Sandes, pelo placar de 2x1, com Bruno e Carlos Alberto fazendo os gols do Coringão. Pelo Coxa, marcou Rivaldo. As duas partidas tiveram a arbitragem de Adilson Ribeiro.
No próximo sábado, dia 14 Jun, estão marcados os jogos complementares da 1ª Rodada: Santos x Vila Belmiro; Hércules x Marília; Internacional X Vitória de Guimarães. Também serão realizados os jogos da 2ª Rodada: Grêmio x Santos; Náutico x Vitória de Guimarães; Vila Belmiro x Hércules; Marília x Cruzeiro; Internacional x Milan; Coritiba x Porto.
O confronto entre Corinthians x Botafogo, também válido pela 2ª rodada, foi adiado para o dia 28 de junho. Com os resultados, o Grêmio, de José Ribamar, está na liderança por ter o melhor saldo de gols.

sexta-feira, maio 23, 2008

VEM AÍ O CAMPEONATO OFICIAL DE 2008

Botonistas da APFM prontos para a guerra do Campeonato de 2008
Vai começar a guerra do campeonato oficial, promovido pela Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, que apontará o campeão de 2008, da regra pernambucana de futebol de mesa.
Este ano, a competição contará com a participação de 14 equipes, devidamente inscritas. São elas: Náutico, de Abiud Gomes; Cruzeiro, de Marcos Cardoso; Botafogo, de Marcos Silva; Porto, de Dinoraldo Gonçalves; Marília, de Rubens Jr; Grêmio, de José Ribamar; Santos, de Adilson Ribeiro; Internacional, de Paulo Jiquiá; Vila Belmiro, de Albertinho; Hércules, de José Hércules; Corinthians, de Adriano Oliveira; Milan, de Tuca Oliveira; Vitória de Guimarães, de Azevedo Neto e Ypiranga, de Clóvis Sandes.
O certame será disputado em dois turnos: 1º Turno (Turno de Classificação), com as equipes jogando no sistema de todos contra todos; 2º Turno, com as equipes divididas em 2 Séries (Ouro e Prata).
A Série Ouro será constituída pelas sete equipes melhores colocadas no Turno de Classificação. Por sua vez, a Série Prata contará com as demais equipes oriundas do Turno de Classificação. O campeão do 1º Turno garante, automaticamente, a participação na decisão do campeonato, que será realizada entre as equipes vencedoras do Turno de Classificação e da Série Ouro.
Na hipótese de uma mesma equipe sair vitoriosa, tanto no Turno de Classificação, quanto na Série Ouro, será declarada campeã oficial de 2008.
O regulamento da competição já foi elaborado e devidamente aprovado pela diretoria da APFM e pela maioria das equipes que irão participar do evento.
Espera-se uma disputa acirradíssima pelo título, porém, ressaltando o alto espírito desportivo que deverá imperar durante toda a competição.
A primeira rodada acontecerá no sábado, dia 7 de junho de 2008, com os jogos sendo conhecidos através de sorteio, a ser realizado 15 minutos antes da abertura oficial do campeonato.
A expectativa é grande e muitas equipes já estão super preparadas para o magno acontecimento. Este blog promete semanalmente fazer toda a cobertura do campeonato pernambucano, para mostrar, na realidade, que o futebol de mesa, praticado na regra pernambucana, é, sem sombra de dúvidas, o que há de melhor em termos de futebol de botões.
É verdadeiramente o futebol-de-mesa-arte, levado a efeito na rainha das regras, única, atualmente, que consegue representar na mesa o que é de fato um jogo de futebol. Viva o botão!

quarta-feira, abril 16, 2008

BOTAFOGO ABRE TEMPORADA COM TÍTULO

Botafogo, de Marcos Silva, pronto para enfrentar o Cruzeiro, de Marcos Cardoso, na grande decisão do Torneio do Ranking, arbitrada por Adilson Ribeiro
Na abertura da temporada de 2008, a Associação Pernambucana de Futebol de Mesa realizou no sábado, dia 5 de abril, o tradicional Torneio do Ranking, na regra pernambucana, no sistema mata-mata. Participaram da competição oito equipes: Náutico 1934, de Abiud Gomes; Santos, de Adilson Ribeiro; Vila Belmiro, de Carlos Alberto; Cruzeiro, de Marcos Cardoso; Porto, de Dinoraldo Gonçalves; Suécia, de José Hércules; Botafogo, de Marcos Silve; Internacional, de Paulo Jiquiá .
Na 1ªRodada, no Estádio Timbuzão, o Náutico 1934 derrotou o Internacional, aplicando-lhe 3x0, com gols de Arthur Carvalheira, Tará e Célio. Já no Hércules Stadium, o Santos foi atropelado pelo Botafogo, perdendo por 1x0, marcando Fernando Redondo para o alvinegro do Setúbal.
Na Toca da Raposa, a Suécia surpreendeu o Vila Belmiro, campeão oficial de 2007, com um gol solitário de Lannet. Finalmente, no Brasília Stadium, o Cruzeiro enfrentou o Porto, sapecando-lhe 3x1, com Beckenbauer, Libuda e Seeler marcando os gols da vitória cruzeirense, enquanto Janduir fez o gol de honra do Porto, de Maranguape.
Na primeira semifinal, o Náutico perdeu para o Botafogo por 2x1, com gols de Renato Gaúcho e Leonardo para os setubalenses, descontando Zezé Carvalheira, para o alvirrubro da Torre. Na outra semifinal, o Cruzeiro, depois de empatar no tempo normal com a Suécia por 1x1, com gol de Haller para os estrelados e Larsson para os suecos do Saint Moritz, levou o jogo para a prorrogação, mas o resultado permaneceu inalterado.. Assim, a decisão foi para a cobrança de pênaltis e a divisão panzer cruzeirense classificou-se para a final do torneio, convertendo dois penais contra nenhum do adversário.
Decidindo o terceiro lugar, o Náutico 1934 venceu a Suécia, por 3x1, com gols de Sidinho, Zezé Carvalheira e Arthur Carvalheira, para os alvirrubros da Torre e Sevensson para os suecos da Boa Viagem.
Pela disputa do cetro de campeão do Torneio do Ranking – edição 2008, o Cruzeiro saiu na frente com um gol de Muller, mas o Botafogo não se desesperou e foi buscar o empate com Leonardo, forçando uma prorrogação e então, Del Piero, o artilheiro botafoguense, decretou a vitória do Alvinegro do Setúbal, conquistando o ambicionado título de campeão do ranking, pela primeira vez na sua história.
Pelo título, Marcos Silva, botonista do Botafogo, além do troféu, recebe vinte pontos para a contagem do ranking. Por sua vez, Marcos Cardoso, palheteiro do Cruzeiro, como vice campeão do Torneio, também faz jus a um troféu e soma mais dez pontos na tábua do ranking. Enquanto isso, Abiud Gomes, do Náutico, com o 3º lugar e José Hércules, da Suécia, pelo 4º lugar, ganham medalhas e recebem cinco e quatro pontos para a contagem do ranking, respectivamente.
Foi uma vitória merecida do Botafogo e bastante comemorada pelo seu diretor técnico, Marcos Silva.
Agora, a Associação Pernambucana volta sua atenção para o campeonato oficial, cujas inscrições já estão abertas na sede da entidade.
Viva o botão!

segunda-feira, abril 14, 2008

COMEÇA A INTEGRAÇÃO

Botonistas da APFM e da JTAFMER na mais perfeita integração.
A Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, cumprindo o que reza seus estatutos, deu o primeiro passo para a prática do futebol de botões independentemente de regras. O sábado, dia 12 de abril de 2008, fica sendo uma data marcante na história do celotex, no Recife, quando botonistas da JT Associação de Futebol de Mesa da Estrada dos Remédios (JT AFMER) aceitaram o convite e vieram até à sede da APFM e participaram do Torneio Integração. Os jogos foram realizados obedecendo-se à regra da JT AFMER (12 toques/bola de feltro),no sistema mata-mata, tendo participado desse grande acontecimento, pelo lado da APFM, os botonistas Abiud Gomes, Adilson Ribeiro, Carlos Alberto, Dinoraldo Gonçalves, José Hércules e Rubens Junior, enquanto os visitantes estavam representados por Juarez, Edvaldo Colorado, Luís, Damasceno, Nem e Djalminha, time da pesada. Na 1ª rodada, envolvendo os confrontos entre as associações, os resultados foram os seguintes: a equipe do Paris, de Abiud, venceu por 4x0 ao Marília, de Djalminha; o time do Santos, de Adilson, após empatar no tempo regulamentar com o Vasco, de Luís, classificou-se nos pênaltis, por 3x2; o São Paulo, de Carlos Alberto (Albertinho) goleou, por 6x1, o Internacional, de Nem; O Porto, de Dinoraldo, perdeu para o América, de Damasceno, por 3x1; O Marília, de Rubens Junior, bem que aguentou a pressão do Colorado, de Edvaldo, mas acabou sendo derrotado pelo magro placar de 1x0; Fechando a rodada, a Suécia, de José Hércules, foi derrotada pelo Sport, de Juarez, por 4x0. Na fase seguinte, o Paris, de Abiud, com certa dificuldade, venceu ao Santos, de Adilson, por 3x2; Por sua vez, o São Paulo, de Albertinho, não suportou a blitz do América, de Damasceno, sendo derrotado por 2x1; No clássico da AFMER, o Sport, de Juarez, não tomou conhecimento do Colorado, de Edvaldo e mandou ver um 6x3. Essa vitória do Sport fez com que essa equipe já ficasse classificada para a final do torneio, aguardando apenas o confronto Paris x América, que iria apontar o outro finalista. Jogo bem disputado, do início ao fim, com a vitória dos parisienses, por 3x1. Na decisão pelo título do Torneio Integração, o Sport, após um primeiro tempo pau-a-pau, quando conseguiu um gol chorado, partiu com tudo para o segundo tempo e terminou aplicando uma goleada de 5x1 no Paris, conquistando com todos os méritos o título de campeão. Parabéns, Juarez, pela grande conquista! Louve-se a brilhante atuação do Paris, de Abiud, time fora dos padrões da AFMER, numa demonstração de que, apesar da disparidade de tamanho dos botões e de nunca ter jogado futebol de mesa fora da regra pernambucana, não houve dificuldades em assimilar a regra utilizada na competição (12 toques com bola de feltro). Em suma, a visita serviu para estreitar mais ainda o laço de amizade que une os botonistas das duas associações, tudo indicando que, num futuro próximo, ambas estarão mais irmanadas na prática do futebol de mesa. Valeu a aposta! Tudo por um botonismo eclético! Viva o botão!

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

LINDO! LINDO! DEU VILA BELMIRO

Albertinho (Vila Belmiro), o grande campeão de 2007, ladeado por Rabão (Grêmio) e Abiud (Náutico),
Ufa! Acabou o campeonato oficial de 2007, patrocinado pela Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, na regra pernambucana, a famosíssima regra da bola de borracha, a raínha das regras, a regra do futebol-de-mesa-arte. O campeão, com todos os méritos, honras e sinais de respeito, foi o Vila Belmiro, do eclético botonista Carlos Alberto dos Santos, Albertinho para os íntimos ou Beto Sacolinha para a grande galera do futebol de botões. Com apenas três derrotas em 17 jogos disputados, com um aproveitamento de 82,35% na competição, o Alvinegro da Estação de Ypiranga conquista pela primeira vez o título de campeão oficial da APFM. No início do campeonato, os entendidos do futebol de mesa já alertavam para o perigo que representava o Vila, pois o mesmo já havia se saído bem no Torneio Chifronésio e em outros torneios que tomara parte, na APFM. Fora da Associação, o Vila Belmiro conquistou o título de campeão de 2007 na Liga da Vila dos Remédios, onde sempre cantou de galo, na exótica regra "Fogo-Tei-Béi", de Colorado & Cia. Aqui, na APFM, o título foi conquistado de forma emocionante, principalmente após a penúltima rodada, quando o Vila perdeu para surpresa geral para o Vitória de Guimarães, de Azevedo Neto, naquilo que foi considerada a maior zebra da competição. O mundo, na ocasião, desmoronou pois seu diretor técnico, Beto Sacolinha, viu a grande chance da conquista do campeonato ir, naquele momento, de água abaixo. Parecia ser o apocalipse. Agora só um milagre salvaria o time da Estação Ypiranga, pois seu adversário direto, o Botafogo, de Marcos Bundão, tinha tudo para derrotar os estrelados do Cruzeiro, de Marcos Securinha e assim papar o título, repetindo o já longínquo ano de 2000. Por sua vez, ainda arrasado com o desastre, o Vila teria pela frente o esperançoso Grêmio, de José Ribamar, o popular Rabão, com chances de se tornar bi-campeão. A Associação então resolveu marcar os dois jogos para o mesmo dia e horário e, o que se viu? Aleluia, Irmão! Deu-se o milagre. O Cruzeiro, com Overath inspiradíssimo, derrota o treme-treme alvinegro de Setúbal, aplicando-lhe 3x1, enquanto que o Vila se recupera do acidente de percurso vencendo ao tricolor da Mangueira por 2x0. Faltava, agora, apenas um obstáculo: o Hércules, do mais que manhoso alvi-azulino do Saint Moritz da Boa Viagem. E chegou o dia 16 de fevereiro de 2008, sábado de manhã ensolarada. Partida nervosa, do início ao fim do jogo, mas num único lance digno de nota, Beto Sacolinha pode dar o grito de Lindo! Lindo!. Era o gol de Arthur Vilanova, o gol solitário do título da Copa Recife. Com isso, o Carnaval do Recife continuou após a quarta-feira de cinzas. Era o Vila Belmiro fazendo o passo, satisfeito da vida, pela belíssima conquista. Marcos Bundão era mais um pierrot traído pelo endiabrado arlequim! Cabisbaixo, triste e decepcionado, voltou ao feudo do Setúbal onde por certo deve ter sofrido forte reprimenda do Senhor dos Anéis, Chico "Explosão" Barbosa, mesmo com o vice campeonato auferido, com direito a troféu e tudo. Na decisão do 3º lugar, o time da Mangueira, de Rabão, catimbando até dizer basta, acabou com a goga do Náutico, que terminou em quarto lugar. Nas demais posições, pela ordem: Santos, de Adilson Securinha, Cruzeiro, de Marcos Securinha, Porto, de Dinoraldo "Toyota" Gonçalves, Coritiba, de Cláudio "Minhoca" Sandes, Corinthians, de Adriano Oliveira, Hércules, de José Hércules, Vitória de Guimarães, de Azevedo Neto, São Paulo, de Max "SAMU" Monteiro e na lanterna, o marmeleiro Internacional, de Clóvis Sandes. Para não dizer que não falei de flores, o Bloco da Paulista, constituido do Fluminense, de Flávio Azevedo, Olimpique Lyon, de Alexandre Freitas, Juventus, de Vandré Meneses, Paulistano, de Moisés Pena e Santos Peixe, de Marcos Cordeiro, faltou com o espírito desportivo e quis melar a festa, abandonando o campeonato. Que vergonha, gente! Porém, o que na verdade interessa mesmo e vale salientar é que a Associação Pernambucana de Futebol de Mesa mais uma vez se destaca pela organização de seus eventos, apesar das picuínhas e intrigas da oposição frustrada. Para completar, aí estão mais alguns dados da Copa Recife: o Vila Belmiro teve o ataque mais positivo do campeonato, com 29 gols marcados. Da mesma forma, o Grêmio foi o time com a melhor defesa, sofrendo apenas 8 gols. O botão artilheiro do campeonato foi Overath, do Cruzeiro, com 12 gols marcados. O prêmio de melhor árbitro ficou para Adilson "Securinha" Ribeiro, com 21 arbitragens consignadas. Venceu mais uma vez o futebol-de-mesa-arte. A festa acontece amanhã, dia 1 de março e promete ser de arromba! Estaremos lá, para conferir! Todos estão convidados, inclusive os do lado de lá, sem ódio e sem medo. Depois, eu conto tudo!

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

O REI DO BOTÃO

Diretoria da APFM imbuída da idéia do "Rei do Botão".
Aí está mais uma tentativa de interagir no mundo maravilhoso do futebol de mesa: o rei do botão. Essa é uma idéia que carrego comigo, desde priscas eras. É simples demais. Visa reunir botonistas para a disputa de competições simultâneas obedecendo às diversas regras. A Associação Pernambucana de Futebol de Mesa deverá encampar a idéia e fará, de início, um torneio onde os participantes disputarão partidas nas regras pernambucana e paulista, obrigatoriamente. Creio que esse talvez seja o caminho para a interação dos milhares de botonistas espalhados pelo Brasil afora. Isso sim seria o que chamo de ecletismo no futebol de mesa. Aquele que obtiver os melhores resultados no geral, somados às duas ou mais regras, envolvidas em competição, seria proclamado o "Rei do Botão", título que teria um prazo de validade (nunca superior a um ano) e que por certo seria ambicionado por muitos. Acredito, eu, que, com isso, acabariam as barreiras e os ranços para a prática do futebol de mesa nas mais diversas regras. Isso, na verdade, seria o primeiro passo para que botonistas se inteirassem das diversas regras praticadas dentro e fora do país, com consciência de causa, pois estariam se exercitando em todas elas, podendo assim, no final, optar por aquela que lhe desse maior satisfação em praticá-la. Há as dificuldades, porém, nada que a boa vontade de todos não faça por onde superar todos os obstáculos. Algumas regras têm certas semelhanças e, nesse caso, as competições poderiam utilizar os mesmos campos e os mesmos espaços. Em outras casos, um intercâmbio seria altamente positivo, dando oportunidades a que espaços ainda desconhecidos se tornassem vistos, permitindo assim haver um grande congraçamento. Aqui em Recife seria excelente ver botonistas praticantes da regra baiana se juntarem aos que se divertem com a regra paulista e também com os que se deliciam com a regra pernambucana. Há praticantes, aqui na capital do botão, nas mais diferentes regras e isso faria com que todos sentissem as suas reais potencialidades. Dando ênfase ao que está sendo proposto, fica a certeza que, com a união de todos os botonistas, o futebol de mesa se fortaleceria e ganharia espaços talvez nunca vistos antes. Seria o sonho virando realidade. Pensem a respeito. Opinem! Se achar viável, executem! Viva o botão!

domingo, janeiro 13, 2008

ENCERRAMENTO FESTIVO NA APFM

Armando Francisco faz a entrega do troféu a Abiud Gomes pela conquista do Torneio Encerramento
E a Associação Pernambucana de Futebol de Mesa reuniu o seu quadro social no sábado, dia 29 de dezembro, e promoveu a festa de encerramento da temporada 2007. Dentro da nova filosofia de trabalho dos que fazem a entidade que pratica o futebol-de-mesa-arte, a diretoria de esportes, no período da tarde, resolveu realizar um torneio, tendo em vista o encerramento das atividades no ano de 2007, e que contou com as equipes do Náutico Novara, de Abiud Gomes, do Santos, de Adilson Ribeiro, do Porto, de Dinoraldo Gonçalves, do Vila Belmiro, de Carlos Alberto, do Coritiba, de Cláudio Sandes e do Corinthians, de Adriano Oliveira. As equipes foram dispostas em dois grupos, formando dois triangulares, sendo o grupo A, constituído dos times: Santos, Coritiba e Corinthians; enquanto que o Grupo B ficou com as equipes do Náutico Novara, Vila Belmiro e Porto. Os jogos do Grupo A foram disputados no estádio “Toca da Raposa” e os do Grupo B foram realizados no “Hércules Stadium”. Na abertura dos jogos, pelo Grupo A, se enfrentaram Santos x Corinthians, com a vitória do Alvinegro praiano por 2x1. No Grupo B, estiveram frente a frente as equipes do Náutico Novara x Vila Belmiro. Num jogo altamente equilibrado, o resultado não poderia ser outro: empate de 1x1. Na 2ª Rodada, no Grupo A, o Corinthians voltou a campo para enfrentar o Coritiba e aplicou-lhe o escore de 3x1. Por sua vez, no Grupo B, o Porto derrotava o Vila Belmiro por 2x1. Na 3ª e última rodada, decisiva para apontar os campeões de cada grupo, o Santos, no Grupo A, conquistou o primeiro lugar ao empatar com o Coritiba em 1x1. No jogo mais emocionante do torneio, o Náutico Novara carimbou sua passagem para a decisão do torneio ao vencer o Porto pelo espetacular escore de 5x4. Na decisão do Torneio Encerramento, num jogo disputadíssimo, o Náutico Novara sagrou-se campeão vencendo ao Santos pelo placar de 2x1, fazendo jus ao troféu comemorativo à data e tendo também o botão artilheiro do Torneio, o craque Mairena, com 4 gols. O Santos teve que se contentar com a medalha de vice campeão.
Termina, assim, festivamente, o ano de 2007, na Associação Pernambucana de Futebol de Mesa. Em 2008, com a nova filosofia, onde o futebol-de-mesa-arte será praticado somente pelos botonistas que querem e podem participar de competições, porém, dentro da mais perfeita harmonia, onde deverá imperar sempre o espírito desportivo, a sã camaradagem, propiciando, assim, um excelente lazer, onde, após cada jornada, todos possam retornar a seus lares, radiantes e felizes, longe de uma vez por todas das picuinhas que, neste ano que se finda, causaram tantos estragos. Graças a obstinação dos que são responsáveis pela APFM, pode-se dizer com orgulho que vencemos as batalhas e seguimos firmes para tornar o botão cada vez mais forte. Viva o futebol de botões, o nosso celotex pernambucano! Salve a regra pernambucana, a rainha das regras!

sábado, janeiro 12, 2008

BOTONISMO ECLÉTICO

APFM: exemplo prático do botonismo eclético.

Ultimamente, vejo muitos comentários a respeito de estudos para unificação da regra de futebol de mesa, aproveitando o que há de melhor das três regras ditas oficiais. Seguramente, posso dizer: não adianta qualquer modificação nesse sentido, pois, parto da seguinte premissa: cachorro velho não aprende truque novo. O futebol de botões é praticado por um público cada vez mais veterano com pouquíssimas renovações. Como alternativa, acredito que, no momento, o melhor é ocupar os espaços disponíveis com campos para prática do futebol de mesa nas mais diferentes regras possíveis. Assim sendo, os jovens passariam a conhecer as diversas regras e escolheriam qual a que melhor lhes atraíssem. Daí, minha sugestão para um futebol de mesa eclético, com botonistas participando de competições nas mais variadas regras. Aqui no Recife, temos exemplo de botonistas que ajem assim, pois participam de torneios tanto na regra baiana como na regra paulista. Isso é salutar, pois dá margem a que os amantes do futebol de botões possam se juntar mais e talvez com isso possa realmente difundir mais e mais esse maravilhoso esporte.
A Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, em que pese a incompreensão de alguns, já está dando o primeiro exemplo, quando tenta reunir nas suas dependências amantes do futebol de mesa na regra paulista, conjuntamente com os praticantes da regra pernambucana. Lógico que tudo tem seu preço. A Associação tem seus estatutos, seu regimento interno, suas normas de conduta, onde a disciplina é aplicada com rigor. Nada aqui é feito sem planejamento e sem que haja uma comissão organizadora, com regulamentos para todos os eventos. Infelizmente, há aqueles que estão sempre se insurgindo contra quaisquer medidas que vão sendo tomadas, com alegações falsas, como o de dizer que a APFM é muito burocratizada, além de complicada em demasia. As pessoas que pensam dessa forma, na verdade, ocultam interesses pessoais, em muitos casos de natureza financeira, pois vêem o futebol de botões como negócio que poderia, em curto prazo, auferir lucros. Aos botonistas em geral, é bom que fiquem sabendo que o pensamento da Associação Pernambucana de Futebol de Mesa é, como reza o próprio estatuto da entidade, o de reunir o maior número de botonistas na prática do futebol de botões nas regras que sejam da predileção de seus associados, porém, preservando ao máximo a regra pernambucana, por tudo o que ela representa na história do futebol de mesa em Pernambuco. É, pois, esse ecletismo que nós desejamos nesse ano de 2008 e temos certeza absoluta que, após alguns meses de atuação, o futebol de mesa no Recife estará servindo de modelo para todo o Brasil, pois sentimos que esse é o caminho a ser percorrido pelos mesafutebolistas, para que, uma vez por todas, o botão possa ir muito mais além do que já foi até esses dias. Portanto, caros botonistas de todo o Brasil, reflitam sobre o tema e tomem suas decisões. Estamos abertos ao diálogo.

segunda-feira, dezembro 24, 2007

ALTOS E BAIXOS

Hércules e Abiud, verdadeiros baluartes do futebol-de-mesa-arte.

Eis aí a minha última crônica de 2007. Talvez um pouco amarga, pois num balanço do que foi feito nesse período, pode-se dizer que a Associação Pernambucana de Futebol de Mesa sofreu e muito para que o ano terminasse com a perspectiva de que em 2008 a coisa tenderá a melhorar. A gangorra nesse ano que se finda demonstra que o equilíbrio, tão necessário para o sucesso dos empreendimentos, não aconteceu e observou-se, então, um sobe e desce que muito incomodou aos que dirigem a entidade. A incompreensão de muitos, aliados às vaidades e à falta de educação, fez com que aquilo que foi planejado para esse ano não atingisse plenamente seus objetivos. O futebol de botão, infelizmente, é um esporte cada vez mais caro, exigindo para a sua realização gastos que oneram sobremaneira àqueles que praticam com assiduidade. O universo dos botonistas está concentrado na classe média baixa, de poucas posses e, assim, sem condições de colaborar financeiramente para cobrir as despesas que surgem e que não são poucas. Sobra, então, para uma minoria, constituída de veteranos, amantes do futebol de mesa, toda a responsabilidade para que o jogo de botão possa ainda sobreviver. A luta para permanecer fora dos quintais e terraços, que fazia com que o futebol de mesa fosse sempre olhado como brincadeira de crianças ou joguinho entre pais e filhos nos prolongados fins-de-semana, normalmente em casa de veraneio ou em dias chuvosos, continua insana. Aqueles poucos que olham o botão como esporte ainda hoje são considerados como peterpans, pois na nossa cultura retrógrada adultos não podem perder tanto tempo com brincadeiras “idiotas” que não levam a nada, conforme dizem. O esforço hercúleo continua muito intenso na tentativa quase infrutífera para desarraigar valores, preconceitos e conceitos que vêm de longas datas. A geração que está a frente da APFM já dobrou o cabo-da-boa-esperança e já se vislumbra um pouco adiante a hora do crepúsculo de alguns, porém, o duro de tudo isso é saber que não há sucessores em potencial para dar a esperança de que o futebol de botões ainda terá uma vida muito longeva e que não é um esporte em vias de extinção. Isso serve não só para a regra pernambucana, mas é público e notório que o problema atinge todo o universo do futebol de mesa, independente da regra. Aqui em Pernambuco estamos sempre com um pé na frente e outro atrás e na maioria das vezes a caminhada é feita de maneira cada vez mais lenta, chegando algumas vezes a haver retrocesso, tal o grau de dificuldade que deparamos no dia-a-dia. Falar em união é o mesmo que soltar barata em terreiro de galinha, tal é o conflito de idéias e de interesses entre os diversos pequenos grupos. Há muita picuinha entre as partes. A falta de educação é latente. A desportividade não existe. Que o Brasil inteiro saiba que nós, aqui em Pernambuco, somos amáveis, cordiais, solícitos, educados quando estamos fora de nossa praia, em presença de estranhos. Nessas ocasiões, somos mestres em jogar toda a sujeira para debaixo do tapete. Porém, quando estamos sós, aí não há quem nos segure: começa o pega-prá-capar, com desavenças, ódios, iras, raivas e toda a gama de qüiproquós que abalam todas as estruturas, por mais forte que sejam, do nosso futebol de botões. Daí, nesse Natal, não ter a menor esperança de que os botonistas aproveitem o grande momento para uma profunda reflexão e daí tentar o entendimento no intuito de prolongar a vida desse maravilhoso esporte. Aqui, na nossa humilde associação, os poucos que se aventuram na prática do futebol-de-mesa-arte, já tomaram uma decisão: Em 2008, apenas participarão de atividades botonísticas aqueles que realmente querem e podem delas tomar parte. Que os aventureiros e os gananciosos baixem em outro terreiro. A Associação Pernambucana de Futebol de Mesa estará depurada e assim, no fim de cada jornada, poderemos então retornar aos nossos lares felizes por termos nos divertido da maneira mais salutar possível, num ambiente da mais sã camaradagem. Que sumam as picuínhas! Não são e jamais serão bem-vindas! Fiquem onde estão! Viva o botão!

terça-feira, novembro 13, 2007

A VISIBILIDADE

A visibilidade do futebol-de-mesa-arte da Regra Pernambucana
Há dias atrás, fui surpreendido com uma entrevista de um botonista, em uma emissora de rádio local, falando a respeito, obviamente, do futebol de mesa no Estado de Pernambuco, enaltecendo, na oportunidade, as regras ditas oficiais: a paulista e a baiana. Fez referência à regra pernambucana, porém, observou-se que ao invés de demonstrar que a mesma tinha suas qualidades e particularidades, preferiu dizer que apenas não era interessante, pois, não dava visibilidade a seus praticantes, confinados num gueto chamado de Associação Pernambucana de Futebol de Mesa. Aqui estou, portanto, para mostrar apenas a realidade. O entrevistado passou uma temporada frequentando a Associação, porém, não se tornou um botonista de ponta, daí, talvez, a frustração de não ser considerado um bom ou até mesmo um regular botonista. Pelo que apresentou, chegou-se a conclusão que seu potencial era fraco demais para chegar a ser um dos "tops" da regra pernambucana. É isso o que ocorre com muitos que aqui comparecem. São senhores em seus feudos, mas aqui, no nosso ambiente, não passam de servos. Os poucos que evoluiram, hoje, são considerados os melhores botonistas do Estado (Humberto, na Regra Baiana e Moisés Pena, na Regra Paulista). Cito aqui,para ilustrar, o exemplo do botonista conhecido em todo Brasil, com várias e várias conquistas, o amigão Armandinho. Durante anos Armando Francisco Filho se destacou no futebol de mesa, jogando na regra pernambucana. Tanto isso é verdade que o mesmo sempre declarava que jamais treinava na regra paulista, mesmo em véspera de competições em que tomaria parte. O grau de eficiência que o mesmo demonstrava nos jogos treinos na regra pernambucana era mais do que suficiente para alcançar excelentes resultados nessas competições. Não estou aqui para dizer que essa ou outra qualquer regra presta ou não presta. O que interessa é que todos saibam que a regra pernambucana não é para todo mundo. O jogo de botão nessa regra é a melhor representação de uma partida de futebol trazida dos campos para a mesa. Isso sempre foi dito por pessoas sem nenhum vínculo com o esporte e que tiveram a oportunidade de observar o jogo em diversas regras. Um médico famoso do Recife se referiu uma vez, textualmente: "da maneira que vocês jogam é como se tivessem mãos de cirurgião". Outro, fez essa feliz consideração: "Vocês usam tanta estratégia nesse jogo que chega a me causar dor de cabeça quando quero os acompanhar". Em suma, quero revelar que a regra pernambucana não é dificil, mas necessita de uma grande dedicação e os bons resultados somente acontecem quando o botonista mostra na realidade que tem potencial para tal. A diferença dela para com as outras é que a regra pernambucana é o futebol-de-mesa-arte. É para quem é e não para quem quer. Muitos por aqui passam, mas poucos mostram que poderão chegar a algum lugar. Uma pequena amostra da regra pernambucana está num vídeo, no Youtube. Basta acessar! Vendo-o, dá para sentir o que é o futebol-de-mesa-arte. Com toda a visibilidade possível.

sexta-feira, outubro 12, 2007

A ALÇA DO CAIXÃO

Armandinho, nos dias de hoje, relembrando os bons tempos do passado
Essa historinha aconteceu em 1966, no bairro da Boa Vista, na Rua Visconde de Goiana, na casa da mãe de Severino Vieira, o famoso Biu da palheta redonda, cujo time de botão era o incrível Vasco da Gama, com seus astros Cerejeira, Barrabás, Valussi, Maracahy e Pé-de-Valsa.
O campeonato começara em março, em dois turnos, com dez equipes. Nessa época, os botonistas da Boa Vista se sentiam ameaçados com os forasteiros da Estância, desde o ano anterior , quando Valdir Santa Clara conquistou de maneira brilhante o campeonato de 1965, vencendo as duas partidas decisivas contra o próprio Vasco da Gama, de Biu Vieira. Foi a maior conquista santista da sua história.
Começa o campeonato e mais uma vez a turma da Estância se destaca e ameaça de novo a turma da Boa Vista. O primeiro turno é vencido pelo ainda jovem de 15 anos, Armandinho, com seu Botafogo, de Morcego, Doval, Zé Roberto e Belga. Era seu primeiro campeonato entre os monstros sagrados do celotex.
Vem o segundo turno e o Sport, de Paulo Felinto, estanciense de primeira linha, não encontra obstáculos e vence tranquilamente.
Quando tudo parecia que a decisão, obviamente, seria entre os dois vencedores dos turnos, eis que Biu, junto com a cúpula da Boa Vista, tentando resgatar a hegemonia do futebol de botões para seu bairro, resolve realizar um terceiro turno e chama o saudoso Gilvan Carvalho, um autêntico craque da palheta, com seu não menos famoso esquadrão santista, que estava afastado da Liga da Boa Vista, há algum tempo.
Aceito o convite, Gilvan vem com a corda toda e, numa arrancada impressionante, fatura o terceiro turno. Vibra a turma da Boa Vista, pois a hegemonia do futebol de botões estava para voltar para o bairro. Iria acabar a ameaça.
Começa a decisão, num triangular espetacular. Casa cheia e as torcidas mais do que animadas. No primeiro jogo, o Botafogo, de Armandinho, numa partida emocionante, vence ao Sport, de Paulo Felinto, por 3x2. O segundo jogo reuniu o Santos, de Gilvan Carvalho e o Sport, derrotado no jogo anterior. Partida dura, catimbada, com a vitória, no finalzinho, do Santos, por 2x1.
Botafogo x Santos seria, então, o grande clássico que iria apontar o supercampeão da Boa Vista, marcado para o domingo seguinte, com início previsto para às 10 horas da manhã.
Durante os dias que antecederam o embate, era só no que se falava e os bochichos corriam soltos, com o bloco da Boa Vista apostando todas as fichas no seu representante legal, o Santos, de Gilvan. Eles alegavam que Armandinho ainda era inexperiente e que iria tremer na hora h, tal a pressão que iria se fazer.
A turminha da Estância torcia abertamente pelo sucesso do alvinegro botafoguense, porém, sem muito entusiamo, pois, de uma certa forma, concordava com a avaliação da turma do outro lado.
Chega o grande dia e Gilvan, matreiramente, surge cedinho e avise que só vai poder jogar após o meia-dia, pois teria que ir a um enterro de um conhecido da família dele. Armandinho já estava lá, também, e permaneceu quietinho, somente aguardando o grande momento. As horas foram se passando, a fome chegando e a ansiedade aumentando cada vez mais.
Eis que, por volta das 12h30, adentra à casa da mãe de Biu, Gilvan Carvalho, com toda a sua malícia. Escaladas as equipes, o árbitro Humberto Simons dá início à partida. E, então, o mais incrível acontece: o Botafogo arrasa o Santos e sapeca-lhe sem dó nem piedade um sonoro 5x0. Sagra-se supercampeão da Boa Vista para a alegria dos estancienses. 
Gilvan, cabisbaixo, ainda sentindo o amargo da derrota, não se conteve e, virando-se para a platéia, desculpou-se: - Não deu, turma! Passei o tempo todo segurando a alça do caixão! A mão pesou!

quarta-feira, setembro 19, 2007

QUE LAMBIDA!

O santista Waldyr Santa Clara e Moisés Pena num bom momento do futebol de mesa
Essa historinha é recentíssima. Aconteceu já na atual sede da Associação Pernambucana de Futebol de Mesa e envolve uma personagem fantástica do futebol de botões, o outrora grande palheteiro Waldyr Santa Clara. 
Para se ter uma idéia de quem era Waldyr, nos tempos românticos do futebol de mesa, basta dizer que o mesmo usava e abusava da inventiva. Em cada partida que atuava procurava sempre executar jogadas novas, jamais imaginadas por outro qualquer botonista. Abusava de jogar botão. Era simplesmente espetacular. 
Porém, tinha um grave defeito: gostava de catimbar, procurando sempre tirar a concentração do oponente. Muitas vezes fazia uma cara tão feia para o adversário que o mesmo se intimidava e terminava por facilitar a vitória do fantástico time do Santos, com Pelé e tudo. 
Era comum chegar à casa de Waldyr e encontrá-lo com o time de botões postado na frente da televisão em dia de véspera de uma partida de campeonato. Antes que alguém perguntasse o que aquilo significava, ele, antecipando-se à pergunta, já respondia: Os meninos tão concentrados e estou mostrando a eles o que os mesmos devem fazer, amanhã, frente aos adversários. Parecia coisa de maluco. Podia-se afirmar que aquilo era fanatismo mesmo. 
Mas o tempo passou e, infelizmente, o nosso querido Santa Clara não quis se reciclar. Afastou-se um bom tempo dos campos de botão e só agora no atual início de século resolveu retornar, porém, não quis aceitar as mudanças na regra e teimou em permanecer com os pequeninos botões que já não mais cabiam no atual contexto do futebol de mesa. Insistiu e começou a participar de algumas competições, mas sentiu que não conseguia alcançar os melhores do ranking da associação. 
Várias vezes ameaçava desistir mas os pedidos de alguns amigos fazia com que ficasse até o fim dos eventos. Aí, entre uma partida e outra, passou a se valer da velha catimba. E foi o que ocorreu no confronto com o Aston Villa, de Max Monteiro. 
Quando viu seu adversário pedir um tempo para ir ao banheiro, agiu rápido: deu uma lambida na base de uns cinco botões do time de Max e ficou esperando seu retorno. Acontece que o árbitro escalado para o embate, Rubens Junior Buiú,, sem que Waldyr percebesse, notara o fato e discretamente afastou-se da mesa de jogo e conseguiu avisar em tempo ao técnico do Aston Villa. Quando este retornou e o jogo ia se iniciar, eis que, com a maior tranqüilidade, Max pediu um tempo ao árbitro para massagear (limpar) os botões novamente. 
De imediato Waldyr retrucou e falou: - Max, para que isso, porra! Tu, já não limpaste esse time! Para que perder tempo, ó rapaz! Vamos começar logo esse jogo, que eu quero ir embora cedo! 
Então, Max, com a maior calma do mundo, responde: - Waldyr, não tem jeito, cumpadre! Toda vez que eu vou ao banheiro, quando volto, é sempre assim. Eu tenho que limpar o time de novo. É um vício que não tem jeito de tirar. Passou o time na flanela e ganhou o jogo.