Hércules e Abiud, verdadeiros baluartes do futebol-de-mesa-arte.
Eis aí a minha última crônica de 2007. Talvez um pouco amarga, pois num balanço do que foi feito nesse período, pode-se dizer que a Associação Pernambucana de Futebol de Mesa sofreu e muito para que o ano terminasse com a perspectiva de que em 2008 a coisa tenderá a melhorar. A gangorra nesse ano que se finda demonstra que o equilíbrio, tão necessário para o sucesso dos empreendimentos, não aconteceu e observou-se, então, um sobe e desce que muito incomodou aos que dirigem a entidade. A incompreensão de muitos, aliados às vaidades e à falta de educação, fez com que aquilo que foi planejado para esse ano não atingisse plenamente seus objetivos. O futebol de botão, infelizmente, é um esporte cada vez mais caro, exigindo para a sua realização gastos que oneram sobremaneira àqueles que praticam com assiduidade. O universo dos botonistas está concentrado na classe média baixa, de poucas posses e, assim, sem condições de colaborar financeiramente para cobrir as despesas que surgem e que não são poucas. Sobra, então, para uma minoria, constituída de veteranos, amantes do futebol de mesa, toda a responsabilidade para que o jogo de botão possa ainda sobreviver. A luta para permanecer fora dos quintais e terraços, que fazia com que o futebol de mesa fosse sempre olhado como brincadeira de crianças ou joguinho entre pais e filhos nos prolongados fins-de-semana, normalmente em casa de veraneio ou em dias chuvosos, continua insana. Aqueles poucos que olham o botão como esporte ainda hoje são considerados como peterpans, pois na nossa cultura retrógrada adultos não podem perder tanto tempo com brincadeiras “idiotas” que não levam a nada, conforme dizem. O esforço hercúleo continua muito intenso na tentativa quase infrutífera para desarraigar valores, preconceitos e conceitos que vêm de longas datas. A geração que está a frente da APFM já dobrou o cabo-da-boa-esperança e já se vislumbra um pouco adiante a hora do crepúsculo de alguns, porém, o duro de tudo isso é saber que não há sucessores em potencial para dar a esperança de que o futebol de botões ainda terá uma vida muito longeva e que não é um esporte em vias de extinção. Isso serve não só para a regra pernambucana, mas é público e notório que o problema atinge todo o universo do futebol de mesa, independente da regra. Aqui em Pernambuco estamos sempre com um pé na frente e outro atrás e na maioria das vezes a caminhada é feita de maneira cada vez mais lenta, chegando algumas vezes a haver retrocesso, tal o grau de dificuldade que deparamos no dia-a-dia. Falar em união é o mesmo que soltar barata em terreiro de galinha, tal é o conflito de idéias e de interesses entre os diversos pequenos grupos. Há muita picuinha entre as partes. A falta de educação é latente. A desportividade não existe. Que o Brasil inteiro saiba que nós, aqui em Pernambuco, somos amáveis, cordiais, solícitos, educados quando estamos fora de nossa praia, em presença de estranhos. Nessas ocasiões, somos mestres em jogar toda a sujeira para debaixo do tapete. Porém, quando estamos sós, aí não há quem nos segure: começa o pega-prá-capar, com desavenças, ódios, iras, raivas e toda a gama de qüiproquós que abalam todas as estruturas, por mais forte que sejam, do nosso futebol de botões. Daí, nesse Natal, não ter a menor esperança de que os botonistas aproveitem o grande momento para uma profunda reflexão e daí tentar o entendimento no intuito de prolongar a vida desse maravilhoso esporte. Aqui, na nossa humilde associação, os poucos que se aventuram na prática do futebol-de-mesa-arte, já tomaram uma decisão: Em 2008, apenas participarão de atividades botonísticas aqueles que realmente querem e podem delas tomar parte. Que os aventureiros e os gananciosos baixem em outro terreiro. A Associação Pernambucana de Futebol de Mesa estará depurada e assim, no fim de cada jornada, poderemos então retornar aos nossos lares felizes por termos nos divertido da maneira mais salutar possível, num ambiente da mais sã camaradagem. Que sumam as picuínhas! Não são e jamais serão bem-vindas! Fiquem onde estão! Viva o botão!
Eis aí a minha última crônica de 2007. Talvez um pouco amarga, pois num balanço do que foi feito nesse período, pode-se dizer que a Associação Pernambucana de Futebol de Mesa sofreu e muito para que o ano terminasse com a perspectiva de que em 2008 a coisa tenderá a melhorar. A gangorra nesse ano que se finda demonstra que o equilíbrio, tão necessário para o sucesso dos empreendimentos, não aconteceu e observou-se, então, um sobe e desce que muito incomodou aos que dirigem a entidade. A incompreensão de muitos, aliados às vaidades e à falta de educação, fez com que aquilo que foi planejado para esse ano não atingisse plenamente seus objetivos. O futebol de botão, infelizmente, é um esporte cada vez mais caro, exigindo para a sua realização gastos que oneram sobremaneira àqueles que praticam com assiduidade. O universo dos botonistas está concentrado na classe média baixa, de poucas posses e, assim, sem condições de colaborar financeiramente para cobrir as despesas que surgem e que não são poucas. Sobra, então, para uma minoria, constituída de veteranos, amantes do futebol de mesa, toda a responsabilidade para que o jogo de botão possa ainda sobreviver. A luta para permanecer fora dos quintais e terraços, que fazia com que o futebol de mesa fosse sempre olhado como brincadeira de crianças ou joguinho entre pais e filhos nos prolongados fins-de-semana, normalmente em casa de veraneio ou em dias chuvosos, continua insana. Aqueles poucos que olham o botão como esporte ainda hoje são considerados como peterpans, pois na nossa cultura retrógrada adultos não podem perder tanto tempo com brincadeiras “idiotas” que não levam a nada, conforme dizem. O esforço hercúleo continua muito intenso na tentativa quase infrutífera para desarraigar valores, preconceitos e conceitos que vêm de longas datas. A geração que está a frente da APFM já dobrou o cabo-da-boa-esperança e já se vislumbra um pouco adiante a hora do crepúsculo de alguns, porém, o duro de tudo isso é saber que não há sucessores em potencial para dar a esperança de que o futebol de botões ainda terá uma vida muito longeva e que não é um esporte em vias de extinção. Isso serve não só para a regra pernambucana, mas é público e notório que o problema atinge todo o universo do futebol de mesa, independente da regra. Aqui em Pernambuco estamos sempre com um pé na frente e outro atrás e na maioria das vezes a caminhada é feita de maneira cada vez mais lenta, chegando algumas vezes a haver retrocesso, tal o grau de dificuldade que deparamos no dia-a-dia. Falar em união é o mesmo que soltar barata em terreiro de galinha, tal é o conflito de idéias e de interesses entre os diversos pequenos grupos. Há muita picuinha entre as partes. A falta de educação é latente. A desportividade não existe. Que o Brasil inteiro saiba que nós, aqui em Pernambuco, somos amáveis, cordiais, solícitos, educados quando estamos fora de nossa praia, em presença de estranhos. Nessas ocasiões, somos mestres em jogar toda a sujeira para debaixo do tapete. Porém, quando estamos sós, aí não há quem nos segure: começa o pega-prá-capar, com desavenças, ódios, iras, raivas e toda a gama de qüiproquós que abalam todas as estruturas, por mais forte que sejam, do nosso futebol de botões. Daí, nesse Natal, não ter a menor esperança de que os botonistas aproveitem o grande momento para uma profunda reflexão e daí tentar o entendimento no intuito de prolongar a vida desse maravilhoso esporte. Aqui, na nossa humilde associação, os poucos que se aventuram na prática do futebol-de-mesa-arte, já tomaram uma decisão: Em 2008, apenas participarão de atividades botonísticas aqueles que realmente querem e podem delas tomar parte. Que os aventureiros e os gananciosos baixem em outro terreiro. A Associação Pernambucana de Futebol de Mesa estará depurada e assim, no fim de cada jornada, poderemos então retornar aos nossos lares felizes por termos nos divertido da maneira mais salutar possível, num ambiente da mais sã camaradagem. Que sumam as picuínhas! Não são e jamais serão bem-vindas! Fiquem onde estão! Viva o botão!
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