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quinta-feira, abril 19, 2007

JOGANDO A TOALHA

Os sonhadores Dinoraldo, Moisés Pena, Abiud e Armandinho

É a pura verdade. O egoísmo exacerbado de muitos, aliado a vaidades incomensuráveis, vem mostrar que não adianta querer transformar o mundo. As pessoas continuarão mais imperfeitas, mais intolerantes, mais irascíveis. É doloroso, porém, verdadeiro.
O futebol de mesa, o nosso sempre tão sonhado futebol de botões, que nos proporcionou momentos alegres e divertidos, não pode e não deve ser jogado de forma competitiva. Tudo tem que ser feito na base da brincadeira. Chega-se a conclusão de que é, na realidade, mais um folguedo que trouxemos dos nossos tempos de criança.
Não adianta criar-se associações com seus estatutos, regimentos internos, normas de conduta, regulamentos de competições, rankings e outras coisas mais.
Ficou mais do que comprovado que nada disso dará certo, por mais seriedade que se possa exigir.
Nós, seres humanos, somos frágeis, desamparados, egoístas, intolerantes, vaidosos, mal-educados, cheios de vícios. Pensamos, apenas, em nós mesmos. Naquilo que irá nos favorecer e aos mais próximos. Não se pensa no coletivo, num futuro promissor. Só se olha o hoje, o agora, com visões no passado, dele só extraindo os fatos que servirão de base para a concretização de objetivos que apenas dêem satisfação a si próprio e aos mais chegados, desde que esses também não venham causar prejuízos a si mesmo. É a cruel e dura realidade.
Esqueçamos, pois, em realizar campeonatos, torneios ou qualquer tipo de competição, pois, por mais que tentemos fazer deles eventos festivos, mas disciplinados e organizados, com regras definidas, onde o objetivo primordial é o congraçamento entre os que deles participam, levando-se em consideração o espírito desportivo que deveria existir dentro que cada um de nós e que, por ocasião da entrega de prêmios, tudo se transformasse em ambiente de festa, observamos que é utópico que isso venha a acontecer, pois sempre existirão as picuínhas, os pobres de espírito, os intolerantes, os egoístas, os vaidosos, os orgulhosos, os ambiciosos, os hipócritas, os falsos amigos, os maus perdedores, os encrenqueiros da vida.
A luta para mudar tudo isso, dentro de nossos sonhos, parecia que era possível. Entendíamos que com o passar do tempo as pessoas iam se modificando, amadurecendo e aprendendo a viver uma com as outras, na mais perfeita harmonia.
Mas, como acontece em todos os sonhos, acorda-se e nos vemos dentro de um mundo real, sem solução. Sentimos, então, uma frustração tamanha dado a nossa fragilidade. Partimos mais uma vez para os vôos da nossa imaginação. Porém, um dia, o amanhecer nos traz um cansaço que nos impede de ainda tentar reunir as nossas forças para um último esforço, simplesmente inútil. É o fim. Chega de sonhos! Joguemos a toalha.