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domingo, outubro 23, 2011

UM FINAL FANTÁSTICO NO BOTÃOBOL

Internacional, já Tricampeão, assiste à  inútil reação cruzeirense
É isso aí, minha gente desse mundo maravilhoso do botãobol (futebol de botão na regra pernambucana). O sábado, dia 22 de outubro irá ficar na história do jogo de botão, com tudo de fantástico que ocorreu na jornada derradeira do Campeonato Oficial de 2011, promovido pela Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, pela disputa do Troféu Paulo Felinto.
Para se ter uma idéia exata do acontecimento, antes de se iniciar a jornada, era essa a situação das equipes que tinham ainda chances reais de conquistar o ambicionado troféu:
1. CRUZEIRO, de Marcos Cardoso:
- Realizaria três jogos (Corinthians, de Adriano Oliveira; Hércules, de JHércules e Internacional, de Paulo Jiquiá), tendo que vencer os três jogos ou derrotar os dois primeiros e empatar com o Colorado, desde que o Botafogo não vencesse um dos dois jogos que faria).
2. BOTAFOGO, de Marcos Silva:
- Faria dois jogos (Vila Belmiro, de Albertinho e Santos, de Adilson Ribeiro), com obrigação de vencer pelo menos um jogo e torcer para o Cruzeiro tropeçar, pelo menos, em um dos três jogos.
3. NÁUTICO, de Abiud Gomes:
- Teria que vencer suas duas partidas (Santos, de Adilson e Vila Belmiro, de Albertinho), ficando na expectativa de tropeços do Cruzeiro (empate na pior das hipóteses em dois confrontos, sendo um deles contra o Internacional).
4. VILA BELMIRO, de Albertinho:
- Jogaria por vitória suas  três partidas (Botafogo, de Marcos Silva; Santos, de Adilson e Náutico, de Abiud Gomes) e esperaria por um tropeço do Botafogo ante o Santos, derrota do Cruzeiro, desde que não fosse para o Internacional.
5. INTERNACIONAL, de Paulo Jiquiá:
- Jogaria uma única partida, com obrigação de vencer (Cruzeiro, de Marcos Cardoso) e ficar torcendo para que o Botafogo não atingisse a vitória em qualquer um dos  dois confrontos.
Vila Belmiro sacramentando a vitória ante o Peixe
Começa então a guerra e o Vila Belmiro parte na frente conseguindo, de saída, uma suada vitória diante do Santos, por 2x1.
Suas esperanças aumentaram quando triunfou perante o Botafogo, por 1x0, num jogo onde o nervosismo das equipes era flagrante.
Restava, ainda, conquistar a vitória diante do Náutico, mas aí a história já seria outra.
Timbu perde as estribeiras e tritura a bola do clássico
Por sua vez, o Náutico, de Abiud Gomes, já tinha perdido todas as esperanças, quando enfrentou e perdeu por 2x0 para o Santos, ficando de pronto alijado de qualquer pretensão ao título. A irritação alvirrubra foi tanto que após a queda diante do Peixe não se conteve e estraçalhou com os dentes a bola do jogo.
Tudo isso tem uma explicação: numa partida antes do clássico, observou-se que a bola utilizada não reunia as mínimas condições de jogo. Foi essa mesma bola que serviu ao Clássico Vovô, daí a revolta timbu.
Uma coisa é certa: essa bola acabou-se. Escafedeu-se, porém, a gozação  em cima dos alvirrubros foi tremenda  e o Peixe, triunfante,  foi prá galera, levando consigo, como troféu,  os restos da borracha! 
Cruzeiro ainda quando alimentava o sonho de ser campeão
Aí chegou a hora do Cruzeiro realizar seus confrontos. Começou derrotando o Corinthians, de Adriano, com um magérrimo  1x0. Veio em seguida o Hércules e mais uma vitória apertadíssima, com outro 1x0 estampado no placar, porém, resultado que colocava de fora da disputa do título o Vila Belmiro, de Beto Sacolinha.
Restavam duas partidas e três equipes disputando pau a pau a posse do Troféu Paulo Felinto: Botafogo, de Marcos Silva; Cruzeiro, de Marcos Cardoso; Internacional, de Paulo Jiquiá.
A "maldição de Del Piero" foi fatal e continua o jejum de vitórias
O Glorioso enfrentaria o Santos, de Adilson Ribeiro, enquanto Cruzeiro X Internacional  era um confronto direto.
Como é de praxe na APFM, para evitar qualquer comentário malicioso, ambas as partidas foram marcadas para o mesmo horário.
A tensão aumentava a cada minuto e as posições foram se alternando durante o transcorrer de todo o primeiro tempo.
No Timbuzão, onde o Fogão enfrentava o Peixe, a alegria começou cedo, quando o Glorioso marcou o gol de abertura, através de Fernando Redondo, porém, a resposta cruzeirense veio logo em seguida, na Toca da Raposa, com o gol de João Carlos, ante o Colorado.
Eis que de repente, para desespero do time da Estrela Solitária, o Santos chega ao empate, através de Balbo e o Glorioso sente o impacto.
Ao apagar das luzes da primeira etapa, o Saci da Mangueira ilumina-se, dá o bote  e marca um daqueles gols antológicos, que só ele sabe fazer.
Empate lá, empate cá e o Troféu pende para o lado cruzeirense.
Vem o segundo tempo e aí a coisa começa a tomar novo rumo. O Colorado vira o jogo, enquanto que o Fogão fica preso no emaranhado das linhas santistas.
Os gols do Saci foram surgindo um a um, até chegar ao placar final de 4x1 e o Botafogo não conseguiu se livrar da "maldição de Del Piero", pois não chegou a uma única vitória sequer desde a sáida do grande artlheiro e do desmanche da equipe, após o célebre zebraço ante o Itacuruba, de Alexandre Freitas.
Colorado é o primeiro tricampeão da história da APFM
Depois, só alegria. Ecoaram os gritos de "é tricampeão". Era o irmão carismático, Paulo Jiquiá, a plenos pulmões, vibrando com o magnífico, fantástico, inacreditável, espetacular, magistral feito. A Fênix ressurgiu das cinzas e levou para  casa o cobiçado Troféu Paulo Felinto, debaixo de muita emoção. Deve ser efusivamente comemorado, Não é prá menos!
O vice campeonato ficou com o Vila Belmiro, após derrotar o Náutico, por 4x2.  Na classificação geral terminou empatado com o Cruzeiro, mas  conquistou uma vitória a mais do que a Raposa da Jacobina. Aos estrelados coube, obviamente, a 3ª Colocação.
Quanto ao Botafogo, que liderou a competição até a última rodada, a derrocada lhe foi fatal e amarga. O baque para a 4ª colocação jamais será esquecido.
A Associação Pernambucana de Futebol de Mesa deverá marcar a data da entrega da premiação (Troféus e Medalhas), quando então será realizada uma grande festança. É aguardar para ver. O convite é geral para todos os amantes do botãobol. Viva o botão.

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