O Milan, de Tuca Oliveira, livre, leve e solto, no confronto com o Itacuruba, de Alexandre Freitas.
É isso aí, galera do botãobol (futebol de botões na regra pernambucana). A Associação Pernambucana de Futebol de Mesa vem realizando um sensacional campeonato de botãobol, estando já no 2º turno, com suas Séries Ouro e Prata. De um lado, se encontra as tidas oito melhores equipes vindas de um turno de classificação. Nesse ambiente, crescem as divergências, com neguinho querendo tirar proveito em benefício próprio. Aumentam as desavenças, tudo visando galgar o lugar mais alto do pódio. É a chamada "Guerra dos Titãs". Ninguém quer perder e aí a catimba se destaca, muitas vezes tirando o brilho da competição e causando reflexos naqueles que ainda não se acostumaram a ver o futebol de botões com tanta complexidade.
Do outro lado, o inverso. A Série Prata, constituída pelos menos afortunados no turno de classificação, mostra toda a pureza do botãobol, com equipes lutando por um lugar ao sol, livre da concorrência do bloco dos maiorais. Os jogos são parelhos, bem disputados e a cada rodada cresce a empolgação. O Milan, de Tuca Oliveira, está sendo o grande destaque, com apresentações espetaculares. Hoje, aparece como líder inconteste da Série Prata, mostrando uma segurança e tranquilidade nunca dantes vistas. No mesmo patamar, encontram-se o São Paulo, de Max Monteiro e o Chelsea, de Hugo Alexandre, com participações também dignas de louvor. O Cruzeiro, de Marcos Cardoso, está aí nesse bloco simplesmente por descuido, pois é uma equipe tradicional com grandes histórias no mundo da bola de borracha. Talvez a série prata ficasse mais empolgante ainda se no lugar dos estrelados estivesse o Mengão, de Fernando Esperma. Aí a turma prateada estaria livre praticamente da figura do bicho papão. Ainda nesse bolo todo, com grandes aspirações de chegar ao topo, surge o Coritiba, do irreverente Cláudio Sandes. Na seqüência, os menos votados, mas que podem servir de fiel da balança: Fluminense, de Flávio Azevedo; Itacuruba, de Alexandre Freitas; Vitória de Guimarães, de Azevedo Neto. Por baixo, infelizmente, vivendo o ocaso da carreira, o Ypiranga, de Clóvis Sandes. Quem te viu e quem te vê!
Espera-se tão somente que os vícios que acompanham a Série Ouro não dêem as caras na Série Prata, permitindo que essa chegue a seu fim com a certeza de que a festa de premiação será de um colorido mágico.
Esse é o verdadeiro futebol de botões, apaixonante, mas vivido dentro dos princípios éticos. Que a Prata continue dando esse maravilhoso exemplo. Parabéns, pela beleza de espetáculo. Viva o botão!
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