O apaixonante jogo de botão, cada vez mais complexo.
Se aproxima mais um Natal e tem início uma profunda reflexão. Chega o momento de meditação, onde se avalia tudo que foi ou deixou de ser realizado durante todo esse período, de Natal a Natal.
No mundo maravilhoso do futebol de botão, aqui em Pernambuco, verifica-se que o progresso foi muito lento, quase nenhum. As mesmas desavenças, as mesmas intrigas, a mesma desunião, os mesmos vícios. Tenta-se de todas as formas elevar o padrão do botão, mas esbarra-se na incompreensão e na intolerância de alguns.
Na Associação Pernambucana de Futebol de Mesa ainda há um esforço para que o botão atinja patamares inimagináveis, com a democratização do espaço, permitindo que o jogo de botão seja desenvolvido nas mais diferentes regras. Começou com o botãobol (futebol de botão na regra pernambucana), porém, abriu-se para a regra paulista (12 toques) e se outras ainda não estão ali instaladas não é por imposição daqueles que comandam a entidade, muito pelo contrário, o que falta na realidade é a aproximação dos botonistas praticantes do futebol de botões em outras regras, concentrados que estão em seus feudos, com seus interesses próprios. Daí, surgem as fofocas, os comentários maldosos e com isso um número cada vez menor de pessoas interessadas em pelo menos se iniciar no jogo de botão.
Aí vem mais um Natal e a esperança de que tudo se transforme. Que o botão cresça e apareça. Essa é a visão otimista daqueles que realmente vivem e respiram botão.
Hoje, entretanto, os mais veteranos, já não têm mais esse otimismo, pois, durante esses longos anos, apesar do prazer de jogar, vêm amealhando mais decepções, principalmente quando se afastaram dos quintais, terraços e garagens. Se as desavenças já existiam entre as pessoas amigas do dia-a-dia, imaginem agora, no momento em que o botão alçou vôos mais altos, com o aparecimento de botonistas das mais diferentes índoles. Infelizmente, essa é a triste realidade, que nem o espírito de Natal é capaz de modificar. Como consolo, resta apenas desejar que as previsões se realizem, pois, afinal, a esperança é a última que morre. Viva o botão!
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