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segunda-feira, agosto 24, 2009

QUE BOLA DA PORRA!

O clássico Botafogo x Grêmio, arbitrado por Adilson Ribeiro.
Desculpem a expressão título da matéria, mas tinha que ser mesmo essa. O campeonato oficial de 2009, na regra pernambucana, a rainha das regras, teve seqüência neste sábado, dia 22 de agosto, com 8 jogos disputadíssimos e empolgantes. O mais surpreendente resultado ficou por conta da perda da invencibilidade do Internacional, de Paulo Jiquiá, o único que ainda desconhecia a palavra derrota. Mais uma vez, o enjoado time do Vitória de Guimarães, de Azevedo Neto, causou mais um estrago e pos assim mais lenha na fogueira do campeonato. Com a derrota, o Colorado da Mangueira viu seus principais adversários chegar nos calcanhares, aumentando em muito a adrenalina da competição. Vila Belmiro, São Paulo, Grêmio e Botafogo estão aí numa perseguição tenaz ao lider e qualquer bobeada do Inter é simplesmente caixão e vela preta. Como havia alertado em matéria anterior, o que poderia prejudicar o Internacional era o seu retrospecto, mostrando sempre que o Saci Pererê não consegue segurar a ponta da tabela por duas ou mais rodadas. O que o Internacional sabe fazer e muito bem é ficar coladinho, esperando dar o bote final. Aí, sim, ele é bamba!
Mas, o que eu queria mesmo era falar do clássico Botafogo x Grêmio, que terminou empatado em 1x1, resultado esse que já era esperado por todos os que fazem a Associação Pernambucana de Futebol de Mesa. A arbitragem da partida coube ao árbitro nº 1 da APFM, Adilson Ribeiro, que mais uma vez teve uma atuação digna de registro. A regra pernambucana é clara demais. O chute a gol só é considerado válido quando o executante der o aviso de que vai chutar. Normalmente, ele utiliza-se de expressões, tais como: coloque-se; tá; teje; a gol; pegue; lá e muitas outras, ditas claramente e que não deixe dúvida de sua intenção. O adversário então posiciona o goleiro e responde: pronto; pode mandar; chute e por aí vai. Aí, sim, se a bola entrar no gol, este será válido e anotado na súmula pelo árbitro. Como o futebol de botões, na regra pernambucana, é altamente técnico, muitas vezes o botonista se empolga com a jogada que executa e se coincidir que a bolinha de borracha fique em posição, prontinha para ser arremessada a gol, aí o jogador extravasa sua empolgação e esquece de cumprir o ritual previsto na regra. Toma a posição para o arremesso mas não dá o aviso do chute. A bola entra e antes que comece a vibrar com o gol, o árbitro faz a intervenção e assinala o tiro livre indireto na área de tiro de meta, acabando com a festa. Foi o que ocorreu com o Botafogo, de Marcos Silva. O jogo estava empatado em 0x0 e o time do Setúbal fez uma jogada espetacular, a ponto de gritar entusiasmado: que bola da porra!. Chutou a gol, a bola entrou na barra do Grêmio, de José Ribamar, mas o árbitro Adilson, tranquilamente, para desespero alvinegro, anulou o gol, dizendo simplesmente: não valeu! não mandou colocar, então, é tiro livre indireto. O Botafogo chiou, chiou, mas a decisão sábia do árbitro foi mantida. Afinal a regra é clara. Viva o botão!

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