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domingo, outubro 13, 2013

EDIFÍCIO BRASÍLIA - DEZ ANOS DE BOTÃOBOL

José Hércules(dir) e Marcos Cardoso, dois monstros do botãobol
É isso aí, minha gente, desse mundo mágico, maravilhoso do botãobol, que, hoje, neste domingo, dia 13 de outubro, não terá notícias de resultados de jogos pelo Campeonato Oficial de 2013, mas ficará conhecendo um pouco da história do botãobol, praticado aqui no Edifício Brasília, sede da Associação Pernambucana de Futebol de Mesa e que no próximo sábado, dia 19 de outubro estará comemorando dez anos de atividade.

José Hércules vivendo um momento feliz
Tudo isso foi possível, graças a abnegação desse notável botonista JOSÉ HÉRCULES LEITE, que não mediu esforços para que o botãobol continuasse a viver extraordinários momentos, após a traumática saída das instalações do Estádio do Santa Cruz, que não merece maiores citações.
Naquele momento, parecia que o fim do botãobol era iminente, pois não se sabia qual o destino a se tomar, com todo mundo baratinado, pensando apenas  onde colocar todo o  acervo já existente, composto de  onze campos, seus cavaletes e  todo o mobiliário. Onde pô-los?
Observava-se, no semblante de cada um,  ares de desespero. Chegara-se a um beco sem saída. Que fazer?

Hércules, Alexandre e Abiud depois da tempestade
O tempo que foi dado para que todo o material continuasse naquele clube era exíguo e surgiu o problema: para onde levar? Não havia lugar. A ordem de despejo já estava decretada.
Alguns diziam que o melhor seria se desfazer dos campos, enquanto que outros acenavam para a busca de algum depósito, onde pudessem ser guardados e ficar no compasso da espera, na esperança de que um dia tudo voltasse a ser como era antes.
Passaram-se os dias e a hora fatal estava por chegar e nenhuma solução havia sido encontrada. O botãobol já estava  caminhando para voltar aos terraços, garagens e quintais, como nas priscas eras, quando se jogava botão em um único campo, portanto sem condições de atender a demanda dos botonistas,  ávidos para realizarem competições de grande porte e também poderem treinar até a exaustão e assim se sentirem confiantes quando fossem para as disputas. Era o retrocesso e o fim de um sonho, acalentado por uma vida inteira.
Pensou-se também em seguir jogando botão, adotando outras regras, que eram e são praticadas em outros espaços aqui no Recife, mas aí seria muito pior, pois assim o botãobol estaria literalmente fadado ao sumiço e como se sabe: quem vive o botãobol sabe como praticar o verdadeiro futebol-de- botão-arte e não aceitaria outra forma de jogar.

Mais um momento de felicidade de Hércules
De repente, eis que surge uma luzinha tênue, lá no fim do túnel, proveniente de uma tocha conduzida por essa figura extraordinária de botonista, JOSÉ HÉRCULES LEITE, que, já com a idéia fixa, mesmo assim, quis consultar os seguidores do botãobol, levando-os a conhecer aquilo que seria o  novo templo sagrado do botãobol.
A alegria foi geral e agora restava tão somente aguardar as reformas nas salas adquiridas, adaptando-as para a prática do botão.
A expectativa crescia a cada dia e nunca foi tão longo esse espaço de quase 60 dias para começo das atividades. O trabalho foi insano, com HÉRCULES não medindo sacrifício para por a casa em ordem.

Botonistas da APFM em dia festivo
Finalmente, no dia 18 de outubro de 2003, acontecia o sábado festivo, com a inauguração da nova sede de botãobol, na sobreloja do Edifício Brasília, em pleno centro comercial do Recife, com todas as facilidades de acesso (transporte e estacionamento). Foi um festão, com presenças marcantes do mundo do botãobol.
No próximo sábado, depois de 10 anos de intensa atividade, a majestosa sede da Associação Pernambucana de Futebol de Mesa se prepara para comemorar esse grande feito, com extensa programação, culminando com a realização da COPA BRASÍLIA, disputando o TROFÉU HÉRCULES LEITE.
O convite está aberto a todos os amantes do botãobol, bastando tão somente comparecerem à APFM, logo pela manhã, até às 10h30, para se inscreverem para o torneio. A festa promete e quem não vier vai ficar chupando o dedo depois. Parabéns à APFM! Salve, HÉRCULES! Viva o botão!

2 comentários:

SAMBAQUY, Adauto Celso disse...

Meu amigo Abiud,
Eu acredito muito na força do pensamento. A minha coluna dessa semana fala da dificuldade de jogar em clubes e você relata essa epopéia vivida pelos amantes do botãobol, causada pelo Santa Cruz. Concatenamos nossos pensamentos e nossas idéias convergiram para um denominador comum. Maravilhoso relato e parabéns ao Hercules, que como o próprio nome diz, já é um herói mitológico do botãobol.
Nada como fazer aquilo que gostamos e não mudar nunca. Por isso eu louvo esse entusiasmo de vocês, lamentando somente a falta de renovação, pois aos poucos a graça do botãobol acaba ficando esquecida e perder-se-á na poeira dos tempos. Renovação agora para a perpetuação do botãobol.
Façam isso para que os netos de vocês possam ocupar os lugares que, na atualidade são ocupados pelos avôs. Parabéns e que somem-se a esses dez anos, mais mil.
Abração gaúcho/catarinense.

Abiud Gomes disse...

Meu caro Sambaquy. Eu não alimento mais sonhos, pois o futebol de botão sempre foi praticado com certa seriedade após os 18 anos de idade.Em nenhuma mesa, seja qual regra for, vejo alguns jovens, mas não crianças.
Para os jovens, torna-se difícil conciliar interesses outros (faculdade, trabalho, namoro, etc) com o jogo de botão. Por isso, sigo em frente, até onde puder. O que virá depois...