Orlando Pirates veste azul e bota o Fogão para correr
É isso aí, minha gente desse mundo fantástico, mágico e maravilhoso do botãobol, que esperou por esse sábado, dia 18 de maio, para assistir ao início da fase decisiva do V Torneio Chifronésio do Recife, na Associação Pernambucana de Futebol de Mesa e pode ver a eliminação do favorito BOTAFOGO, de Marcos Silva, frente ao surpreendente ORLANDO PIRATES, de Dino Gonçalves, por 2x1 e a falta de fair-play do Fogão que, inconformado com o placar adverso, não aguentou a catimba dos bucaneiros de Maranguape e, deselegantemente, retirou-se de campo, quando ainda restavam alguns segundos para o término da partida. Foi deveras lamentável a atitude botafoguense.
Até aí tudo era um mar de rosas no Caxinguelê
Por outro lado, também foi bastante constrangedor o que ocorreu no embate de abertura da fase decisiva, envolvendo as representações do HÉRCULES, de José Hércules e do CRUZEIRO, de Marcos Cardoso, no Estádio do Caxinguelê, com arbitragem de Adilson Ribeiro.
Parece que alguma coisa estranha tinha acontecido para que algumas equipes viessem a campo com os nervos a flor da pele.
Talvez algo tenha a ver com o temporal que desabou no Recife, na 6ª feira, com as ruas alagadas, estresse no trânsito e outros transtornos. Só pode ser!
Pois bem, mal começou a partida e o Cruzeiro tomava conta das ações, porém, desperdiçava todos os arremates a gol. De repente, os espanhois partem para a ofensiva e a Raposa da Jacobina comete uma falta, próxima a sua grande área.
Aqui se abre um parêntese: no botãobol, apesar de não estar contido na regra, há uma prática que se arrasta por muitos anos. Quando um time vai repor a bola em jogo, o botão que ele escolher (pegar) para a reposição não poderá mais ser substituido por um outro, daí a máxima: botão pegado, botão jogado.
Ocorre, que atualmente, muitos times são feitos de botões iguais em tudo e os escudos têm numeração muito diminuta, dificultando a identificação.
Foi exatamente o que aconteceu na hora da cobrança da falta. O diretor técnico do Hércules, após a marcação da infração, tentou localizar um determinado botão para executar a cobrança e pegou num botão para verificar o nome que se encontrava na cava. Quando viu que não era aquele que gostaria de utilizar na cobrança da falta, passou a verificar outro botão.
Então, o árbitro Adilson Ribeiro, com todo o rigor que lhe é peculiar quando atua na arbitragem, não aceitou a ação do Hércules e falou: "botão pegado, botão jogado, a falta tem que ser cobrada por esse botão". Gerou-se a confusão e o HÉRCULES não quis acatar a decisão do árbitro e retirou-se de campo.
Com essa ação, o CRUZEIRO, de Marcos Cardoso, sairia vitorioso na partida, atribuindo-se o escore de 1x0, em seu favor e a consequente eliminação do HÉRCULES.
Urubu vale-se do empate e despacha Timbu
Já a partida FLAMENGO, de Fernando Esperma e NÁUTICO, de Abiud Gomes, no Hércules Stadium, transcorreu num clima de total harmonia, com o MENGÃO jogando com a vantagem do empate, por ter feito melhor campanha no 1º turno.
O jogo foi amarrado ao extremo, com quase nenhum chute a gol, daí o primeiro tempo ter terminado com o empate em 0x0.
Veio a segunda etapa e o Timbu abre o placar, através de Cristiano Ronaldo, passando a segurar o resultado com unhas e dentes, mas bem próximo do final do jogo, eis que o URUBU recupera a posse de bola e com passes rápidos chega ao ataque e alcança o tão esperado empate.
Não restava tempo para mais nada e assim o NÁUTICO se despedia do V Torneio Chifronésio do Recife. O MENGÃO está sacramentado na semifinal e ainda vai continuar com a vantagem do empate.
Peixe macambúzio é presa fácil do Saci
Fechando a jornada da fase decisiva, o INTERNACIONAL, de Paulo Jiquiá, triunfou sobre o SANTOS, de Adilson Ribeiro, por 4x2, tirando assim a chance do Peixe conquistar o bicampeonato da competição.
Após a partida, talvez ainda chateado com os fatos ocorridos no "entrevero" HÉRCULES x CRUZEIRO, quando atuou como árbitro, Adilson Ribeiro, deixou o recinto da APFM, alegando que iria passar uma longa temporada ausente do botão. Sei não, gente, mas dá um desânimo...
Baleia Azul engole estonianos na Rebarba
Enquanto isso, na Rebarba do Chifronésio, tudo correu às mil maravilhas, com uma sensacional goleada de 8x0 do VILA BELMIRO, de Albertinho, em cima da ESTÔNIA, de João Paulo Fofão, no Estádio do Vaco Vaco.
Coringão cai diante do Tricolor do SAMU
Na outra partida, o SÃO PAULO, de Max Monteiro, despachou o CORINTHIANS, de Adriano Oliveira, no Estádio Toca da Raposa, por 2x1, passando assim para a semifinal quando enfrentará o vencedor do confronto CORITIBA, de Cláudio Sandes X JUVENTUS, de Vandré Meneses.
Após todos os jogos realizados, foi reunido o Conselho Arbitral, sob a presidência de Abiud Gomes, Presidente do Conselho de Decanos da APFM, para analisar e julgar os fatos ocorridos na partida HÉRCULES X CRUZEIRO, tendo se chegado ao seguinte resultado: 1) A regra é omissa no que diz respeito à máxima "botão pegado, botão jogado"; 2) Não houve por parte do HÉRCULES a intenção de mudar o batedor da falta, apenas o de identificar o botão, face a semelhança com os demais. Conclusão: 1) por 8 votos a favor e 1 contra, a partida foi considerada nula, marcando-se o próximo sábado para a realização de novo jogo.
2) A partir de agora, fica estabelecido que em qualquer reposição de bola, o diretor técnico deverá ficar atento na hora de escolher o botão para execução da reposição, evitando que uma situação semelhante venha ocorrer. Portanto, preserva-se a tradição, valendo a máxima: "botão pegado, botão jogado".
Em vista disso, a APFM tornou oficial a decisão do Conselho Arbitral e, através da Resolução nº 1/2013, de 18 de maio de 2013, acrescenta a alínea "s" ao Artigo 35 da Regra Pernambucana de Botãobol (antiga Regra Pernambucana de Futebol de Mesa), com o seguinte teor: "Ao fazer uma reposição de bola (cobrança de falta, escanteio, lateral, tiro de meta, tiro livre indireto etc.), o diretor técnico dessa equipe deverá, antes, selecionar um botão para essa reposição e, após escolhido, não poderá mais substituí-lo, portanto, esse botão será deslocado de imediato para o local da reposição. Essa prática, bastante difundida na história do botãobol, é conhecida pela expressão: botão pegado, botão jogado", entrando em vigor, imediatamente, revogando-se as disposições em contrário.
Em vista disso, a APFM tornou oficial a decisão do Conselho Arbitral e, através da Resolução nº 1/2013, de 18 de maio de 2013, acrescenta a alínea "s" ao Artigo 35 da Regra Pernambucana de Botãobol (antiga Regra Pernambucana de Futebol de Mesa), com o seguinte teor: "Ao fazer uma reposição de bola (cobrança de falta, escanteio, lateral, tiro de meta, tiro livre indireto etc.), o diretor técnico dessa equipe deverá, antes, selecionar um botão para essa reposição e, após escolhido, não poderá mais substituí-lo, portanto, esse botão será deslocado de imediato para o local da reposição. Essa prática, bastante difundida na história do botãobol, é conhecida pela expressão: botão pegado, botão jogado", entrando em vigor, imediatamente, revogando-se as disposições em contrário.
O V Torneio Chifronésio do Recife terá continuidade no próximo sábado com as partidas semifinais:
FLAMENGO X INTERNACIONAL; ORLANDO PIRATES X Vencedor de HÉRCULES X CRUZEIRO;
Na Rebarba do Chifronésio, o VILA BELMIRO enfrentará o ITACURUBA, de Alexandre Freitas e o SÃO PAULO medirá forças com o vencedor de CORITIBA, de Cláudio Sandes X JUVENTUS, de Vandré Meneses.
Em suma, o V Torneio Chifronésio do Recife conhecerá seu inédito campeão, impreterivelmente, no sábado, dia 1 de junho de 2013, haja o que houver.
No botãobol, mesmo com todo fairplay, também existe guerra! É a vontade de vencer! Viva o botão.
2 comentários:
Amigo Abiud,
As vezes acontece que problemas extra campo influem no ânimo dos participantes de campeonatos. Eu já vi muita coisa acontecer, tendo inclusive algumas delas acontecido comigo. Atpe hoje fico arrependido de não ter me retirado de um campeonato brasileiro, quando o meu adversário usou e abusou de malandragem, sob a convivência de um árbitro sem a devida competência para se fazer respeitar. São coisas que acontecem quando a gente quer vencer e tudo parece conspirar contra nós. Garanto que não houve maldade e que tudo estará sanado no próximo sábado. Pena o Timbú ter sido alijado do campeonato. Mas, não se pode ganhar sempre. Isso é o bonito do futebol de mesa.
Abração gaúcho/catarinense e colorado.
Meu caro Sambaquy. Jogo para me divertir e, como todo jogo, haverá sempre um vencedor, daí achar que em primeiro lugar vale a diversão, mas caso venha a vitória, ótimo. O bom é o convívio junto aqueles que curtem a mesma coisa: jogar botão. Aprendi e sigo até hoje: não leve para casa os problemas do trabalho, nem leve para o trabalho os problemas de casa. Assim, vivo feliz, pois tento sempre resolvê-los. A vida é para ser vivida, com tranquilidade. Abraços
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