Náutico não se impressionou com o canto do Trinca Ferro do Itacuruba
É isso aí, minha gente do maravilhoso mundo do botãobol (futebol de botões na regra pernambucna, a rainha das regras). A disputa pelo troféu Paulo Felinto continua acirrada e a cada rodada algo surpreendente acontece, dando mais emoção ao campeonato oficial de 2011.
Ontem, sábado, dia 9 de julho, não foi diferente. Sete jogos sequenciaram a competição patrocinada pela Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, com jogos renhidos.
Abrindo a jornada, no Timbuzão, o primeiro 0x0 do campeonato. Juventus, de Vandré Meneses e Santos, de Adilson Ribeiro, passaram em branco, num jogo onde predominou a ineficiência dos ataques. O Peixe quis ser mais contundente, atacando com mais freqüência, mas não sabia colocar a bola na rede. A Vecchia Signora, por sua vez, ficava esperando a falha santista para tentar o contragolpe, porém sem sucesso. Foi um jogo chato.
Depois, chegou a vez da estréia do Náutico na disputa do Troféu Paulo Felinto, tendo pela frente o Itacuruba, de Alexandre Freitas. Bem que o Trinca Ferro Itacurubense quis impressionar com seu belo canto, mas o Timbu não quis nem ouvir, saindo de campo com uma vitória por 2x0. Arbitragem de Hugo Alexandre, sem comprometimento.
Mesmo com dores lombares, Mengão suporta carga santista
Um pouco mais tarde, o Santos voltava a campo para enfrentar o Mengão, de Fernando Esperma, que chegou cheio de manha, alegando estar com dores lombares e que por essa razão não iria enfrentar o Peixe da Estância. A Comissão do Campeonato entrou em ação e o Urubu do Hospício recuou e entrou em campo para cumprir o compromisso assumido. No final, o placar estampava um empate em 2x2, o terceiro consecutivo do alvinegro santista, ainda invicto na competição, porém, sem provar o gostinho da vitória.
Botafogo sai vitorioso no Clássico de Setúbal e é lider
Na Toca da Raposa, um grande encontro: Botafogo, de Marcos Silva X Chelsea, de Hugo Alexandre. Mais uma vez Del Piero fez a diferença e o Clássico do Setúbal terminou com o triunfo botafoguense por 3x2, resultado que alçou o time da estrela solitária ao topo na tábua de classificação.
Coxa segue firme na disputa do Troféu Paulo Felinto
Já no Brasília Stadium, Coritiba, de Cláudio Sandes e Porto, de Dinoraldo Gonçalves, duelaram com afinco, mas o Coxa levou a melhor, com uma vitória por 2x1, com Alberi saindo como o herói do jogo, marcando os dois gols da vitória alviverde.
Tricolor do Samu desembesta e atropela Coringão
Ainda no Brasília Stadium o São Paulo, de Max Monteiro, deu um freio de arrumação e derrotou o Corinthians, de Adriano Oliveira, por 2x1. O Tricolor do Samu está com a máquina azeitada e não vê ninguém a sua frente. Não há barreira que detenha os sampaulinos. Aqui vai um alerta: vem aí muitas ladeiras e vamos ver se o Tricolor vai conseguir subir em todas elas.
Zé do Caixão no grande momento da transformação em lobisomem
Eis que de repente, a APFM escureceu. O céu começa a trovejar e relampejar. Haja raios. E ouvem-se ao longe os primeiros uivos e gemidos. O que estava para acontecer?
Num instante, acendem-se as luzes do estádio Toca da Raposa e entra em campo o bicampeão de botãobol, o Internacional, de Paulo Jiquiá, esbanjando um ar de aparente felicidade, após acabar com a parceria com o Chelsea, recebendo seus craques de volta.
Os uivos e gemidos se aproximam cada vez mais e de pronto surge a Inter de Milão, o time fantasma de Clóvis Sandes, o Zé do Caixão.
Nas jornadas anteriores, sem os Zumbis de Maranguape, a Inter de Milão somente levou porrada, virando saco de pancadas.
O Saci da Mangueira já estava todo lampeiro e iria aproveitar para tirar mais um sarro e assim continuar na luta pelo inédito título de tricampeão de botãobol.
Começa a partida e o Colorado é surpreendido com a ação dos vampiros e lobisomens de Zé do Caixão. Os uivos e os gemidos foram crescendo, crescendo e aí o Internacional corou de medo. Findo o jogo, a inacreditável, horripilante e fantasmagórica vitória da Inter de Milão, por 3x2. É o sobrenatural no botãobol.
Infelizmente, nem tudo é alegria na APFM: o Drico, de Adriano Sette, o popular Dido de Caruaru, alegou não mais reunir condições, no momento, para entrar com tudo na disputa do Troféu Paulo Felinto e pediu afastamento. É uma pena. Mas assim é a vida. Vamos em frente. Viva o botão.
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