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quinta-feira, novembro 17, 2005

2005 - UM ANO DE AJUSTES


Sempre se soube que qualidade é muito melhor do que quantidade. A sabedoria popular também é assimilada pelos amantes do celotex, o futebol de mesa jogado obedecendo à Regra Pernambucana. Quando se criou a Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, aventou-se à possibilidade de se congregar no seio da entidade todas as práticas de futebol de mesa, independente da regra utilizada. Seria o Clube do Botão, ideal daqueles que sentem prazer de jogar por jogar. O que se viu,na realidade, foi um tremendo jogo de vaidades, vindo das principais cabeças ditas pensantes e que fazem o futebol de mesa nas mais diversas áreas da Grande Recife. Num rápido levantamento feito por elementos ligados à regra pernambucana, percebe-se que há muita gente praticando o futebol de mesa, nas mais diversas regras. Uniformizá-las nem pensar, tal a disparidade entre elas. Joga-se da maneira mais variada possível, com tipos de " bolas", algumas consideradas absurdas. Para se ter uma idéia da coisa, a regra baiana utiliza como bola um disco, semelhante a uma pastilha. A regra carioca, por sua vez, usa um "dadinho" como pelota. As regras paulista e pernambucana se valem de bolas esféricas, de feltro e de borracha, respectivamente.
Nesta linha de raciocínio, verifica-se a total impossibilidade de reunir os mais diversos grupos num mesmo ambiente e com isso o futebol de mesa vai ficando restrito a pequenos núcleos, onde a renovação de quadros é quase nenhuma. Percebe-se também que o jogo de botões, aqui no Recife, é tido apenas como lazer. A criançada sente-se atraída nos primeiros contatos que tem com a modalidade esportiva, porém, na sequência, não é estimulada a prosseguir praticando o futebol de mesa.
Fazendo uma enquete com a população masculina observa-se que mais de noventa por cento dos entrevistados disseram já ter jogado futebol de mesa quando criança, no entanto, apenas dois por cento, quando colocados à frente de um campo de futebol de mesa,demonstraram possuir alguma habilidade. Essa foi e será sempre a grande dificuldade de se conseguir arregimentar gente jovem para a prática do futebol de mesa. A falta de habilidade, demonstrada nos primeiros movimentos, desestimulam os jovens, que logo abandonam a prática.
A Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, localizada no Edifício Brasília, no centro comercial do Recife estará sempre aberta para receber novos sócios e estimulá-los a praticarem o verdadeiro futebol de mesa.

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