Minha lista de blogs

segunda-feira, setembro 26, 2005

A EXPLOSÃO DE HÉRCULES

Hércules, alguns anos atrás, antes da grande explosão
Vejam vocês como a paixão clubística leva a extremos. Ontem, foi um dia de terror para os torcedores do Sport Club do Recife, a famosa "Coisa" do Recife, pois o risco de cair para o inferno da 3ª Divisão era iminente. As torcidas do Náutico e do Santa Cruz, seus eternos rivais, passaram a semana toda azucrinando a paciência dos rubronegros. O desespero era tão evidente que refletiu no futebol de mesa, mais precisamente na sede da Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, em pleno desenrolar do campeonato de aspirantes.
Notava-se nos semblantes dos botonistas coisistas do Sport um grande ar de preocupação, traduzido por um mau humor que surpreendeu a muita gente presente ao local.
Com algum atraso, tem início os jogos da rodada dos aspirantes. O time do Santos, do angustiado rubronegro Adilson Ribeiro, recusa-se a jogar no campo 8, sorteado minutos antes. Seu adversário, a equipe do Hércules, do também mais que angustiado rubronegro José Hércules, de imediato alerta para que não seja aberto precedente.
Ocorre que o Paulistano, de Moisés Pena, e o Feyenoord, de Abiud Gomes, este último torcedor fanáutico, realizaram uma partida no citado campo e verificaram que o mesmo não reunia as mínimas condições, tal era o desnivelamento existente. Usando o bom senso, como solução, o jogo foi marcado para o campo 3, local neutro. 
Começa o jogo, tenso, nervoso, ruim, com os técnicos totalmente desconcentrados. Eles não conseguiam, por mais que se esforçassem, se livrar do drama que estavam vivendo na intimidade, face à situação aflitiva do Sport Club do Recife, a "Coisa". 
As jogadas se sucediam, muitas beirando ao ridículo. Termina a partida, ganha, num golpe de sorte, no último minuto, pelo Santos, de Adilson Ribeiro. 
Aí, pasmem senhores! acontece o que menos se esperava: um tsunami (alguns dizem que foi o Katryna) invade a sala e começa a chover botões para tudo que é lado. Desastre total! Os indefesos botões do Hércules eram arremessados com toda a força nas paredes da sala. Por milagre, eles não foram destruídos, tal a fúria dos arremessos. 
Quando o fenômeno aplacou sua ira e o estrago já estava feito, foi criada uma comissão com os técnicos Abiud Ferreira Gomes e Armando Francisco da Silva Filho, contando com a colaboração de Moisés Pena, para estudar as causas e os efeitos da tragédia. 
Concluídos os trabalhos, verificou-se que que o responsável por todo este drama sofrido foi a "Coisa", o Sport Club do Recife. A pressão foi tamanha que não deu pra segurar. Daí, a grande explosão. Doutor Juiz! Pau na cuca, endoida!