É isso aí, minha gente. A Copa do Mundo de Botãobol (futebol de botões na regra pernambucana, a rainha das regras) vai entrar nas oitavas-de-final com muitas surpresas. Sábado, dia 19 de junho, na Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, começa a fase do mata-mata. É chegada a hora da verdade.
Ontem, dia 12 de junho, dia dos namorados, não foi nada feliz para argentinos, espanhois, ingleses, brasileiros e uruguaios. Todos, sem exceção, amargaram a desclassificação antecipada do maior torneio de futebol de botões de Pernambuco. A zebra se soltou e pastou tranquila nos vários estádios da APFM.
No Grupo A, a França, de Charles Aubert du Metrô, ficou com a primeira vaga, ao vencer a Bafana-Bafana, de Hugo Mandiba, por 2x1. Cumprindo tabela, os uruguaios, de Abiud Obdulio, já eliminados, conseguiram uma magra vitória de 1x0 sobre o desmotivado time mexicano de Cláudio Panza, El Gordito.
A Argentina, de Adilson Jabulani, foi traída pela própria pelota que inventou, sendo derrotada pelos gregos, de Max Zorba Papadopoulos, por 2x0 e assistiu também a Nigéria, de Hércules Amokachi, vencer a própria Grécia, por 3x1 e a Coréia do Sul, de Flávio Mung Ang, por 1x0. Os portenhos de Santa Luzia saíram cabisbaixos, com uma cara de enterro, daquelas. Não chores, por mim, Argentina...
Pior aconteceu no Grupo C. A Inglaterra, de Paul Rooney Jiquiá, depois da vitória sobre a Argélia, já contava como certa a sua classificação para as oitavas de final e prosseguiria, assim, com o sonho do bicampeonato. Só um detalhezinho: esqueceu de avisar a Eslovênia, de Azev Vnut. Resultado: 1x0 para os eslovenos, no maior zebraço da copa. A Copa do Mundo do Botãobol mantem a escrita: não haverá seleção bicampeã, pelo menos, até 2014. Os Estados Unidos, de Fernand Sperm, já classificados antecipadamente, fizeram um jogo um tanto quanto mequetrefe com a Eslovênia, que com o empate em 0x0 também conseguiu a vaga para a fase seguinte. A Argélia, de Mohamed Ribamar, saiu mais cedo para o Ramadã e vai ficar, assim, jejuando, por longo doze meses.
No front dos Grupos D, E e F a situação permanece inalterada e as posições das seleções serão definidas no próximo sábado, dia 19 de junho. A Seleção de Gana, de Fernando Appiah Tuareg, já com duas vitórias, antecipou sua classificação. A Alemanha, de Marko Haller Overath e Sérvia, de Dinovic Dzajic, estão disputando a segunda vaga. A Austrália, de Adriano Kangoroo, será o fiel da balança. No Grupo E com a Dinamáquina, de Adilson Laudrup, já classificada, a emoção fica por conta da partida Holanda x Camarões. Tanto a Laranja Mecânica, de Dinus Michel, como os Leopardos Africanos, de Alex Eto'o Milla, dependem exclusivamente de uma vitória por dois gols de diferença para conseguirem ir para as oitavas-de-final, caso contrário, irão ver o Japão, de Adriano Sushi, na festa das oitavas-de-final. Tranquilidade mesmo está o Grupo F. Itália x Eslováquia jogarão apenas para saber quem é primeiro e segundo colocados. Os tiffosi, de Carlo Alberto Fratello, levam a vantagem do empate. Os eslovacos, de Markus Sekurev, também estão embalados e podem reverter a situação. Nova Zelândia, de Vandré Meneses e Paraguai, de Clóvis Cabañas, já estão esquecidos há muito tempo.
No Grupo G, o Brasil, de Hércules Dunga, conseguiu, até que enfim, sua primeira e única vitória na Copa. Venceu à Costa do Marfim, de Azevedo Drogba, por 2x0 e já arrumou as malas de volta ao Saint Moritz da Boa Viagem. Portugal, do gajo Max Mouraria Cabruncho, ficou com a segunda vaga. O primeiro lugar coube à Coréia do Norte, de Abiud Tsé Tung, após três vitórias fantásticas, mantendo inclusive sua meta invicta.
De novo, o Grupo H causa furor. A Suiça, de Hugô Bizu, já estava tranquilamente classificada. A outra vaga estava para ser decidida entre a favorita Espanha, de Don Rabón, e o Chile, de Paulo Bambam Jiquiá. Os chilenos jogavam pelo empate. Só a vitória interessava para a Fúria. A partida foi um tanto quanto estranha. Havia alguma coisa que não batia. Parecia que a jabulani estava comprometendo demais a conclusão das jogadas, com muitos chutes dispersos. O escore de 2x2 dava uma falsa impressão de que era um jogo emocionante, com desempenhos táticos sensacionais das equipes. De repente, as vuvuzelas entraram no clima e os espanhóis se perturbaram quando os gritos da torcida começaram com o refrão: essa é minha, essa é tua. Foi o bastante para José de Ribamar, Don Rabón, explodir e numa atitude enfurecida retirar-se de campo, deselegantemente. Que papelão! É uma pena ver uma forte seleção sair de maneira tão lastimável de uma competição. Cadê o espírito desportivo ? Tudo indica que o episódio terá desdobramentos e não ficará impune. Pelas leis da APFM, Dom Rábón e Cia viverá durante um longo período de doze meses afastado de competições oficiais, restrito a simples partidas amistosas. É tempo demais de esfriar a cuca.
Viva o botão.
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