O setentão Abiud num momento feliz da vida
Dia 27 de março. Uma data que talvez não tivesse nenhum significado. Para muitos é uma data qualquer, mas para este blogueiro é de uma grande importância. É o seu principal dia de reflexão. Acordo já analisando todo o período de uma vida. Os erros e acertos. Penso e concluo, a cada ano, na mesma data, que tudo isso vale a pena. Viver bem é a maior dádiva que recebemos. Hoje, ao completar 70 anos de vida, me sinto cada vez melhor comigo mesmo. Mantenho uma grande rede de amigos. Em que pese meus inúmeros defeitos, percebo que todos são tolerantes para comigo. A educação que recebi ao longo da vida me fez agir com cautela, porém, muitas vezes com certa impetuosidade. Em alguns momentos somos incompreendidos, mas nessas ocasiões o interesse maior é que tudo acabe bem. Pela minha formação militar, gosto da ordem e da disciplina, porém, sem exageros. Prepotência é uma palavra que desdenho. Preconceito, falsidade, inveja, são coisas que abomino. Gosto da beleza, em todas as suas formas. Nunca tive ganância na vida, daí aceitar humildemente o que ela reservou para mim. Não sei se acredito ou não no destino. Simplesmente, levo a vida obedecendo aos princípios éticos e morais regidos pela sociedade a qual faço parte. Vícios já tive aos montões. Hoje, cultivo hábitos sadios. O mais importante deles é jogar botão. Faço isso desde os seis anos de idade. Nas várias etapas da vida, em algumas delas, tive que viver afastado dessa maravilha que é o futebol de botões.
No entanto, desde o início do Século XXI, em quase todos os sábados, me faço presente, junto aos amigos, nas mesas de botão. Aí eu me realizo. O futebol de botões é jogado seguindo várias regras, porém, dedico-me exclusivamente ao botãobol, nome pelo qual eu batizei o jogo de botão praticado obedecendo-se à regra pernambucana. Isso não quer dizer que sou intransigente, nem intolerante no que tange às demais regras. Em algumas ocasiões fiz incursões fora do botãobol, mas a paixão foi mais forte, daí ter permanecido fiel às minhas origens. O que vale mesmo é que me sinto feliz, dia após dia, apesar de muitos percalços. É a vida!
Sou um botonista, hoje setentão, cada vez mais apaixonado. Agradeço a todos os grandes e verdadeiros amigos que me enviaram mensagens de parabéns. Eu não merecia tanto. Vou continuar sendo a mesma pessoa, sempre. Não sei até quando, porém, fica a certeza: lealdade, companheirismo, ordem, disciplina, amizade, sinceridade, compreensão, humildade e todos os bons hábitos estarão presentes comigo no meu dia a dia. Assim eu sou e serei sempre. Viva o botão!
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