Adilson Ribeiro, o melhor árbitro da APFM, sempre atento nos lances
Se existe algo dificil de administrar no botãobol, pode-se dizer com toda a certeza que a arbitragem dos jogos ocupa lugar de destaque. O botãobol (futebol de botões na regra pernambucana) exige que, nos jogos oficiais promovidos na Associação Pernambucana de Futebol de Mesa e nas Ligas de Futebol de Mesa, haja arbitragem. Isso é devido em razão da complexidade da regra e também pela velocidade da bola durante a execução de chutes a gol. Nas partidas amistosas (treinos) não há a necessidade de árbitros, porém, observa-se que nesses embates as dúvidas e as discussões são frequentes, obrigando um ou outro contendor a abdicar de sua decisão para que a partida siga seu curso normal. A exemplo do futebol, a arbitragem no botãobol sempre foi e será um problema, de dificil solução. A primeira dificuldade está em se recrutar árbitros para as partidas em dias de jogos oficiais. Quando se faz um levantamento de arbitragens durante uma competição, observa-se que são poucos os botonistas que se aventuram nesse mister. Mesmo que se coloque nos regulamentos dos torneios e campeonatos que todos os botonistas envolvidos se sintam na obrigação de pelo menos arbitrar uma partida em cada jornada, muitos fogem à responsabilidade se esquivando de todas as formas para não estarem presentes na hora dos jogos. Para se ter uma idéia, no atual campeonato, patrocinado pela APFM, há dezoito equipes participando, porém, na maioria dos jogos a arbitragem fica restrita apenas a quatro ou cinco botonistas e mais nada. O pior de tudo isso é que as atuações desses abnegados árbitros são muitas vezes contestadas, mas em momento algum a equipe que se diz prejudicada leva seu botonista a tomar uma atitude, mostrando na prática o que ele considera uma boa arbitragem. Muito pelo contrário, o que eles sabem fazer é ficar tumultuando o ambiente, muitas vezes agindo de forma deselegante, chegando até a agressões verbais. É aquela velha história: muitos não sabem perder e tentam sempre arranjar um bode expiatório para justificar seus fracassos. Em razão disso, se chega a conclusão de que o melhor a fazer é deixar como está e tentar cumprir, na íntegra, tudo aquilo que haja sido planejado e determinado. As polêmicas vão estar sempre presentes. Em suma, talvez isso seja o molho que dá esse ótimo tempero ao futebol de botões. É tremendamente feio, mas é gostoso. Viva o botão!
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