A visibilidade do futebol-de-mesa-arte da Regra Pernambucana
Há dias atrás, fui surpreendido com uma entrevista de um botonista, em uma emissora de rádio local, falando a respeito, obviamente, do futebol de mesa no Estado de Pernambuco, enaltecendo, na oportunidade, as regras ditas oficiais: a paulista e a baiana. Fez referência à regra pernambucana, porém, observou-se que ao invés de demonstrar que a mesma tinha suas qualidades e particularidades, preferiu dizer que apenas não era interessante, pois, não dava visibilidade a seus praticantes, confinados num gueto chamado de Associação Pernambucana de Futebol de Mesa. Aqui estou, portanto, para mostrar apenas a realidade. O entrevistado passou uma temporada frequentando a Associação, porém, não se tornou um botonista de ponta, daí, talvez, a frustração de não ser considerado um bom ou até mesmo um regular botonista. Pelo que apresentou, chegou-se a conclusão que seu potencial era fraco demais para chegar a ser um dos "tops" da regra pernambucana. É isso o que ocorre com muitos que aqui comparecem. São senhores em seus feudos, mas aqui, no nosso ambiente, não passam de servos. Os poucos que evoluiram, hoje, são considerados os melhores botonistas do Estado (Humberto, na Regra Baiana e Moisés Pena, na Regra Paulista). Cito aqui,para ilustrar, o exemplo do botonista conhecido em todo Brasil, com várias e várias conquistas, o amigão Armandinho. Durante anos Armando Francisco Filho se destacou no futebol de mesa, jogando na regra pernambucana. Tanto isso é verdade que o mesmo sempre declarava que jamais treinava na regra paulista, mesmo em véspera de competições em que tomaria parte. O grau de eficiência que o mesmo demonstrava nos jogos treinos na regra pernambucana era mais do que suficiente para alcançar excelentes resultados nessas competições. Não estou aqui para dizer que essa ou outra qualquer regra presta ou não presta. O que interessa é que todos saibam que a regra pernambucana não é para todo mundo. O jogo de botão nessa regra é a melhor representação de uma partida de futebol trazida dos campos para a mesa. Isso sempre foi dito por pessoas sem nenhum vínculo com o esporte e que tiveram a oportunidade de observar o jogo em diversas regras. Um médico famoso do Recife se referiu uma vez, textualmente: "da maneira que vocês jogam é como se tivessem mãos de cirurgião". Outro, fez essa feliz consideração: "Vocês usam tanta estratégia nesse jogo que chega a me causar dor de cabeça quando quero os acompanhar". Em suma, quero revelar que a regra pernambucana não é dificil, mas necessita de uma grande dedicação e os bons resultados somente acontecem quando o botonista mostra na realidade que tem potencial para tal. A diferença dela para com as outras é que a regra pernambucana é o futebol-de-mesa-arte. É para quem é e não para quem quer. Muitos por aqui passam, mas poucos mostram que poderão chegar a algum lugar. Uma pequena amostra da regra pernambucana está num vídeo, no Youtube. Basta acessar! Vendo-o, dá para sentir o que é o futebol-de-mesa-arte. Com toda a visibilidade possível.
2 comentários:
Caro amigo,escrevi Amigo Abiud...
Visitei seu blog e por surpresa encontrei uma matéria que muito me decepcionou e chateou pois acho que a pessoa citada fui eu.
Primeiramente nunca tive interesse em me tornar um botonista de ponta ou um botonista regular dessa regra e sim apenas de jogar(praticar) futebol de mesa e fazer amigos, fiz muitos amigos por ai e inclusive levei alguns, um deles chegou a ser dirigente da associação.Porém tive de me afastar e com muita tristeza, por um simples motivo, tempo, não conseguiria consiliar as duas regras às atividades da minha vida, pois como bem sabe-se trabalho, tinha uma pequena empresa na época, tocava numa banda e precisava estar com minha família nas horas livres, ao contrário de alguns amigos aposentados e com sua vida consolidada. Como o Sr. mesmo diz , essa regra é um ótimo laboratório para a regra paulista e eu senti muito por não poder praticá-la ,mas ainda guardo meus times na esperança de um dia voltar a jogá-la, por sinal aonde vou levo sempre uma bola de borracha e um botão para mostrar aos novos amigos que conquisto em outros estados mesmo sem saber jogá-la. Estes amigos, são conquistados graças a regra paulista que me dá oportunidade de viajar e jogar com pessoas diversas sem ter que discutir ou ensinar regra, a única intenção é jogar e seguir o lema do esporte que por sinal conheci no primeiro brasileirão em que participei, "FUTEBOL DE MESA O ESPORTE QUE FAZ AMIGOS".
Hoje entre meus melhores amigos estão alguns que conheci aí, que por sinal como o Sr. mesmo citou são sim ou eram os botonistas de ponta que conheci desta regra pois pra minha surpresa deixaram ou estam deixando de praticá-la, que por sinal é uma pena pois cada vez mais fica menos praticantes e corre o risco de virar história.
Na verdade quando fui à rádio foi apenas para falar sobre o meu clube, mas por motivos óbvios o assunto se estendeu para Federação Pernambucana de Fut. Mesa ao qual nem faço parte mas que por ajudar e colaborar tanto já me sinto fazendo parte dela, como o tempo era curto citei apenas as regras oficiais, na verdade nem lembrei da pernambucana, se tivesse lembrado teria falado e mandado um abraço pra todos, porém quando me relacionei a outras regras foi a por exemplo FOGO TÊBEI, ou aquelas jogadas ainda em estrelão.
Quando eu estava por ai e ainda nem sabia ou jogava a regra paulista muitas vezes eu dei a idéia de levar a pernambucana para um shoping para melhor divulgá-la, pois eu sempre pensei em um crescimento do futebol de mesa como um todo e olhe que eu nem tinha uma visão nacional do esporte como tenho hoje, coisa que se as pessoas que organizam e dirigem a regra pernambucana tivessem , a regra pernambucana hoje poderia até ser uma regra reconhecida pela Confederação a exemplo da regra de dadinho, é uma pena que opiniões pessoais e irrelevantes causem um desconforto entre amigos, acho que no momento o importante seria somar e nunca dividir ou subtrair, pois com um espaço e estrutura que a Associação possui era pra estarmos todos juntos cada um jogando a regra que quer sem imposições, pois como o veterano e meu amigo Armando diz "NÃO EXISTE REGRA RUIM".
Graças a deus posso dizer que hoje o Futebol de Mesa faz parte da minha vida e é muito sério, não sou apenas um jogador de botão , sou principalmente BOTONISTA e é por isso que me tornei fabricante de produtos para prática desse esporte, em tão pouco tempo já tenho um trabalho reconhecido pelos amigos e praticantes do fut. de mesa aqui no nosso estado e fora dele.
Peço a todos da Associação Pernambucana que me desculpem pelo esquecimento, e que mudem essa visão juntando-se a nós da regra paulista numa luta que não é só nossa e sim de todos , que é o crescimento do esporte.
Esqueci de assinar o comentário!
Akiles Custódio
Postar um comentário