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sexta-feira, março 31, 2006

VOTO ABERTO

Visão interior da sede da APFM
E o apaixonante jogo de botões continua com as cismas e intrigas de antigamente. Aqui no Recife, só agora é que o futebol de mesa está começando a se afastar dos quintais, terraços e garagens, porém, devido à infinidade de regras, os espaços são frequentados por números pouco expressivos de botonistas. A renovação é quase nenhuma. Os que se dedicam ao jogo de botões, em quase sua totalidade, já estão na terceira idade. Uni-los num só espaço está totalmente fora de cogitação, pois diz o velho adágio: "cachorro velho não aprende truque novo". Querer que botonistas já arraigados com uma maneira de jogar parta para novo aprendizado é simplesmente pedir demais. As regras são muito diferentes entre elas. Numa visão crítica, pode-se afirmar que a regra paulista, com a bola de feltro, pelas suas características, atrai mais o público jovem, que quer ver resultados imediatos, tão grande é a impaciência em raciocinar e demonstrar maior habilidade técnica. Da mesma forma é a regra do dadinho, invenção carioca, como sempre irreverente. A regra baiana, dissertada pelos apaixonados praticantes, como o xadrez do botão, é tida como sonolenta demais para um leigo que a observa pela primeira vez. Outras menos votadas não merecem nem ser criticadas tal a puerilidade delas. Resta, pois, a regra pernambucana, a que é praticada aqui no Recife por um grupo que se destaca não só nas competições afetas a ela, mais que, quando enveredam pelas outras, consegue ter sucesso imediato, numa demonstração de que seus praticantes são, quer gostem ou não, os mais hábeis e os mais técnicos. O futebol de mesa apresentado através da regra pernambucana é de uma dinâmica que impressiona. Cada jogo é uma história. Os escores são os que mais se aproximam em termos comparativos com o futebol association. Mexe com a emoção. 
Brevemente, estará sendo lançado na internet um filme mostrando ao Brasil inteiro os principais fundamentos da regra pernambucana. Espero com isso que os comentários que possa vir receber sejam identificados, para poder então trocar idéias e, quem sabe, aprender mais alguma coisa. O que não se aceita é o anonimato, seja para que fim for.
As portas estarão sempre abertas para um diálogo franco, aberto e civilizado. Meu voto sempre é em aberto, sem ódio e sem medo. Viva o botão!

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