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sexta-feira, agosto 19, 2005

LINGUAGEM DO CELOTEX


Você, que não faz parte do universo do futebol de mesa, mas precisamente da regra pernambucana, é capaz de traduzir esse texto ? "No clássico do celotex, Pablo Zabaleta ingarriu e não fez o caxinguelê. Preparou o vaco-vaco, mandou colocar mas a bola ramprou. É mais uma história triste!".
Como em todas as atividades humanas cada uma tem seu linguajar característico. O futebol de mesa não poderia fugir à regra.
Na regra pernambucana, os botonistas usam o termo celotex para definir o futebol de mesa, o jogo de botões. Ingarrir significa que o botão teve seu deslocamento interrompido precipitamente, normalmente provocado por sujeira no campo de jogo ou na base do próprio botão. Vaco-vaco é um tipo de jogada em que uma equipe vai posicionando o botão para um chute à gol sem que o adversário tenha a mínima condição de evitar. O caxinguelê é traduzido como o encontro de dois botões de uma mesma equipe colados à bola. Nos chutes a gol, o time atacante deve dar o aviso de que vai chutar dizendo "coloque-se". Outras expressões de alerta também utilizadas são: lá, tás, teje, pega... e por aí vai. Cabe ao time atacado posicionar o goleiro e dizer "pronto!".
Ramprar, termo inventado por Toinho Rapariga, um antigo botonista, nos anos sessenta, para dizer que a bola, após um chute, bateu na trave e no goleiro, por pouco não entrando no gol. Pablo Zabaleta, o botão da foto, é o nome do ponta esquerda do time do Arsenal, um dos 67 times do atual Presidente do Conselho de Decanos da APFM.
E a história triste é mais um resultado negativo, um insucesso, conforme se refere sempre Adilson Securinha, Vice Presidente Executivo da APFM.

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