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segunda-feira, março 12, 2007

É MUITA PICUÍNHA

E tudo parecia que ia terminar em festa, com o campeonato oficial de 2006, patrocinado pela Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, sendo decidido num torneio triangular, envolvendo as equipes do Vila Belmiro, de Albertinho, ganhador do 1º turno, do Internacional, de Paulo César Jiquiá, vencedor do 2º turno e do Grêmio, de José Ribamar, que conquistou esse direito por ter somado mais pontos em todo o campeonato. Ledo engano.
Aconteceu o primeiro jogo, no sábado, dia 3 de março de 2007, com a vitória limpa, clara e insofismável do Vila Belmiro, que aplicou 2x0 no Internacional.
Para surpresa geral, Paulo Jiquiá, que ao final da partida parecia reconhecer o valor da vitória do oponente, de repente, ninguém sabe por quem fora orientado, protestou o jogo, alegando que o Vila Belmiro fizera uma substituição sem autorização do árbitro, pois não constava na súmula do jogo, a entrada do botão. Formou-se o tumulto, o ambiente ficou agitadíssimo, principalmente e inexplicavelmente por parte de José Ribamar de Oliveira, diretor técnico do Grêmio, que parecia ser o mais prejudicado, tal a fúria como se expressava a respeito do fato.
Sua atitude talvez tenha explicação como sendo uma tentativa de desestabilizar o técnico da equipe vencedora, já que a seqüência do triangular estava prevista para aquela mesma data.
Na confusão que se formou, a comissão do campeonato, intempestivamente, reuniu-se, sem condições para tal, pois havia indícios que um dos seus membros dera subsídios para o protesto feito pelo Internacional.
Ocorre que o fato não se enquadra em nenhum artigo do regulamento da competição, pois não encontra amparo na regra pernambucana de futebol de mesa, que serviu de base para a realização da competição.
Mesmo assim, a comissão por 2 votos contra um decidiu pela anulação da partida.
Como não houve mais clima para que o triangular fosse sequenciado e que a tranquilidade voltasse a imperar no recinto da associação, a decisão ficou adiada para o sábado seguinte.
No meio da semana, na 5ª feira, dia 8 de março, ainda a poeira não tinha baixado e observava-se que um dos membros da comissão se mostrava irredutível no seu ponto de vista mesmo lhe sendo mostrado que o teor da regra de futebol de mesa não dava direito a que a comissão tomasse decisões que se sobrepusesse à própria regra.
Com isso, no sábado, dia 10 de março, descontente com os comentários, apresentou uma carta de renúncia, afastando-se da associação.
É deveras lamentável esse tipo de acontecimento, pois, o espírito da associação pernambucana é e será sempre o de congregar em seu interior pessoas que se entendam perfeitamente, com o mais elevado sentido ético.
O espaço foi criado para divertimento salutar. As competições existem como forma de motivação, evitando-se o tédio. Porém, esse não é o espírito de alguns poucos que fazem do jogo de botão uma disputa de vaidades e ambições. Nesses não há o espírito desportivo, a sã camaradagem.
Creio que, no fundo, no fundo, para que procedam dessa forma, o problema está na falta de educação desportiva.
Para nós que gostamos do futebol de mesa, que lutamos para conseguir um espaço neutro, onde todos possam estar se divertindo, na maior alegria, junto a pessoas amigas, está sendo terrível ver esses fatos se tornarem rotineiros. Criou-se uma entidade, com estatutos, regimento interno, regra escrita, normas de conduta, tudo na tentativa de organizar-se para crescer e fazer do futebol de botões uma atividade permanente, acessivel a todos, velhos e jovens, livre, independente, honesta e feliz.
Do jeito que a coisa vai, se não houver uma grande reflexão por todos os amantes do futebol de botões, deixando de lado vaidades e orgulho, pode-se assegurar que o sonho de sair dos terraços, quintais e garagens está com os dias contados! Vai ser dureza voltar ao tempo dos faraós, dos dinossauros, onde quem faz a regra é o dono do campo e do pedaço. É muita picuínha!

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