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segunda-feira, abril 27, 2009

A CAPITAL DO FUTEBOL DE BOTÕES

A regra pernambucana em toda a sua grandeza
Aí, meus caros amigos. Estou de volta, após longo e tenebroso inverno. O assunto como não poderia deixar de ser é o futebol de botões, agora mais firme e forte na Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, na capital brasileira do futebol de botões, a bela Recife, dos rios e das pontes.
A regra principal, obedecida pelos associados é a rainha das regras, a pernambucana, a famosa da bola de borracha, única que traz para a mesa a representação perfeita de uma partida de futebol.
Infelizmente, a sua difusão é muita pequena, devido talvez à dificuldade de se criar toda uma infraestrutura que permita praticá-la com toda a intensidade.
Seus campos têm que estar nivelados e possuirem fosso , circundando toda a sua extensão. Os botões são de tamanho proporcionais ao espaço de jogo, permitindo maior plasticidade nas jogadas. Os gols podem fluir naturalmente, desde que os praticantes tenham um alto grau de habilidade técnica.  Os jogos entusiasman pelo equilíbrio, concentração e esmero na execução das jogadas.
Tudo isso mostra que o futebol de mesa, praticado na regra pernambucana, é realmente aquilo que há de melhor no mundo do futebol de botões.
Quem fala isso tem a experiência de mais de sessenta anos na pratica do jogo de botões, tendo passado por milhares de mesas, nas mais diferentes regras.
Esse ecletismo dá uma segurança máxima em afirmar que o futebol de mesa, como verdadeira representação de um jogo de futebol, deveria ser praticado, única e exclusivamente, seguindo a regra pernambucana, a antiga regra de celotex da Boa Vista.
É lamentável que as pessoas que se dizem amantes do futebol de mesa nunca tenham, pelo menos, tentado experimentá-la. Muitos, pelo que foi sentido em batepapos informais, bem que tentaram, porém, desistiram porque não demonstraram possuir qualidades para se tornar bons botonistas.
É o mesmo exemplo que se tem com o tênis de mesa. Quando não se tem pendores para o exercício do esporte, o melhor caminho é o abandono. Daí o surgimento de práticas alternativas, bem mais fáceis, porém, pouco atrativas.  Em suma, é dificil vencer desafios.
Da mesma forma, não vai nenhuma aberração em dizer que Recife é a capital brasileira do botão. A diferença é que na Veneza Brasileira o jogo de botões é olhado como passatempo de crianças, mesmo se sabendo que, hoje em dia, o número de adultos praticantes é muito superior ao da petizada. Joga-se botão nos terraços, nas garagens, nas salas de jogos de condomínios, em qualquer lugar, nas mais diferentes regras.
Essa prática faz com que se faça a distinção entre brincar e jogar botão. Nos Clubes e Associações, joga-se. Nos quintais, terraços e garagens, se brinca.
Se olharmos como brincadeira, Recife é, de fato e de direito, a metrópole do botão, pois é praticado em todos os seus bairros, sem distinção de classe e condição social. Como esporte, a situação se inverte, pois são poucas as instituições que fazem do futebol de mesa uma atividade esportiva.
Explicações há para o fato, mas fica para uma outra oportunidade. Viva o botão!