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quinta-feira, outubro 19, 2006

PERNAMBUCO E A REGRA DE 12 TOQUES

Armando Filho, o grande nome de Pernambuco nos 12 toques e Humberto Securão, o cobra do disco
Terminado o campeonato brasileiro de futebol de mesa na modalidade 12 toques, realizado em Socorro - São Paulo, observa-se que a representação de Pernambuco obteve um resultado muito fraco, conseguindo apenas um título de campeão individual na Série Master Bronze, com Armandinho que, acredito, seja o único representante do Estado com chances reais de conseguir medalhas e troféus, como acabou acontecendo. Infelizmente, a regra de 12 toques ainda é pouco difundida aqui no Estado, notadamente no grande Recife e falta um maior esmero por parte daqueles que a praticam. Futebol de mesa competitivo não é apenas jogar por jogar. Tem que haver uma preparação muito intensa e uma completa dedicação por parte dos botonistas que participam de competições. A rigor, temos, hoje, aqui no Recife, dois ou três atletas, no máximo, que possam, na realidade, dignificar o nome do Estado, projetando-o no Brasil, como força no futebol de mesa. Vale a pena dizer que aqui em Pernambuco joga-se botão das mais diferentes maneiras, porém, com pouquíssimas competições e quase nenhum intercâmbio. Exceção apenas com a regra baiana, mas mesmo assim, exceto Humberto Securão, que tem se revelado um excelente botonista, os demais, no âmbito regional, não passam de coadjuvantes. Por outro lado, por não haver praticantes em outros estados, os adeptos da regra pernambucana se isolam cada vez mais e dificilmente aparecem caras novas. Qual seria a solução para melhorar os resultados?
Creio que a resposta passa pela existência de uma federação mais atuante, que deixando de lado vaidade e soberba possa congregar em torno de si as mais diversas categorias de botonistas, nas mais variadas regras. A missão é difícil, quase impossível, principalmente quando se sabe que a maioria dos amantes e praticantes do futebol de mesa já estão numa faixa etária acima dos cinquenta anos. É preciso, pois, um trabalho de muita paciência e perseverança, sem querer impor condições, mas argumentando, mostrando os prós e contras, os objetivos a serem atingidos e por aí vai... Assim, Pernambuco poderá um dia sair dessa situação de mero participante de competições nacionais, passaando a ser aplaudido ao invés de somente bater palmas. É isso aí, galera botonista!